CNA: Brasil tem grande potencial de produção e exportação no agro

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou dos debates do 8º Fórum Lide de Agronegócios, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais em Ribeirão Preto (SP), nesta sexta-feira.

A superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, foi uma das expositoras no debate “Abertura Comercial e Perspectivas para o Agronegócio”, ao lado do secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, e do professor sênior de Agronegócio Global do Insper, Marcos Jank.

Dutra falou sobre o potencial de crescimento da produção e da diversificação das exportações para novos mercados e demais produtos como os lácteos.

“Precisamos preparar nossos produtores para exportar. A CNA já vem desenvolvendo um projeto nesse sentido, mas precisamos criar um modelo que organize também os pequenos e médios produtores, que pode ser feito por meio do cooperativismo,” destacou a superintendente.

Ela reforçou que é necessário olhar para mercados promissores como Ásia e Oriente Médio, que possuem consumidores exigentes e dispostos a investir nos produtos brasileiros. “Nossa pauta de exportação ainda é muito concentrada em commodities. Por isso temos de entender a dinâmica global e elaborar uma estratégia para fora”.

Dutra acredita que, para o Brasil alcançar patamares mais altos na exportação de produtos lácteos, por exemplo, é importante atrair investimentos para o setor. Além disso, ela afirmou que também é necessário resolver problemas básicos como sanidade.

“Precisamos assumir o ônus, tanto o produtor quanto o Estado. O mercado mundial mudou. Ou a gente compete como os grandes, ou está fora. Podemos ter o protagonismo, mas precisamos pensar coletivamente.”

A superintendente pontuou ainda outros setores que também são prioritários no projeto de internacionalização do agro promovido pela CNA, entre eles, café, mel, frutas e peixes.

“Mel ainda é um produto em falta no mundo. Então, o quanto a gente produzir, vai ter mercado, mas precisamos preparar o produtor, ter certificação. No caso do café, temos potencial para os especiais”, disse.

“Com o acordo Mercosul/União Europeia que retirou a escalada tarifária, poderemos industrializar o produto porque fazer esse processo hoje no Brasil ainda é muito caro. Ou seja, a indústria competitiva faz o agro competitivo. Por isso, vamos trabalhar e olhar nossos problemas de frente”, destacou Dutra.

O Fórum Lide de Agronegócios reúne anualmente líderes empresariais, pesquisadores, investidores e autoridades públicas para debater soluções para o desenvolvimento nacional do setor.

 

CNA

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