Uma das publicações mais vendidas da Embrapa, o livro “Sistema Brasileiro de Classificação de Solos” (SiBCS) chega à sua terceira edição, revista e ampliada, que teve lançamento na terça-feira, 30 de julho, em Florianópolis (SC), durante o XXXIV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo. A publicação é uma das únicas referências brasileiras para a identificação e classificação do solo em território nacional.
“O livro é importante por trazer informações que possibilitam avaliar, por exemplo, as características de fertilidade, a resistência à erosão e à degradação de cada um deles”, destaca Humberto Gonçalves dos Santos, agrônomo, pesquisador da Embrapa Solos e um dos autores do livro.
Segundo o pesquisador, alguns solos são mais suscetíveis à poluição e à absorção de adubos e, com a contribuição da classificação, é possível conhecer e identificar o tratamento que proporcione o melhor benefício para produtores rurais e seu terreno.
“Através do conhecimento alcançado por profissionais como agrônomos, biólogos e geólogos, as assistências técnicas aos produtores terão o embasamento necessário sobre problemas no solo, suas limitações, fertilidade, as correções mais indicadas para problemas de poluição e como otimizar o manejo direcionado, por exemplo”, enumera.
De acordo com Santos, a classificação do solo é fundamental para entender a aptidão que cada terreno possui e a melhor forma de utilizá-lo. Com essas informações, profissionais da área podem atuar de forma direcionada em cada propriedade fazendo uso de manejo adequado, que respeite a classificação, não cause prejuízo ao solo e não permita a perda da capacidade de absorção da água.
“Com esse trabalho, podemos fazer um resgate histórico do solo. Assim, o profissional terá a vantagem de identificar com segurança as variações no terreno, que podem ser encontradas em apenas um hectare, e indicar a melhor abordagem para cada um.”
Com mais de 12 mil exemplares vendidos desde a primeira publicação, em 1999, o SiBCS está estruturado em seis níveis categóricos e classes, que são sujeitos a alterações a cada nova identificação e descoberta em todo país.
“No momento, no nível mais baixo desse sistema, nós já identificamos 861 tipos de solos. Mas ainda é possível que esse número cresça, pois temos regiões como Roraima e a Amazônia, de difícil acesso, que ainda foram pouco exploradas.”
Por Equipe SNA/RJ