Ao longo dos próximos dez anos, a China se manterá como grande importador de grãos, com destaque para soja, milho, trigo e arroz, além de açúcar e os produtos de origem animal, como carne bovina, suína e de frango. Outros produtos como frutas, ovos, lácteos e pescados também poderão gerar oportunidades para o agronegócio brasileiro.
Essa foi a perspectiva divulgada a partir de uma conferência sobre as perspectivas agrícolas para a China, realizada em abril, em Pequim, e organizada pela Academia Chinesa de Ciências Agrícolas.
Em seu relatório, o China Agricultural Outlook 2020-2029 revisou a situação do mercado de 18 grandes produtos em 2019, fez projeções sobre produção, consumo, comércio e preços para os próximos dez anos e analisou as incertezas existentes.
A China tem no Brasil seu principal fornecedor de soja. Das 88.6 milhões de toneladas importadas em 2019, cerca de 65% foram provenientes do Brasil.
Para a próxima década, os chineses se manterão como os maiores importadores de soja do mundo, com taxa média anual de crescimento próxima a 1%, podendo se aproximar das 100 milhões de toneladas importadas em 2029. Se confirmado, o volume representaria um incremento próximo a 13% nas compras chinesas de soja.
Para o mercado interno, a China espera que os rendimentos de arroz, trigo e milho em 2020 atinjam 209 milhões de toneladas, 134 milhões de toneladas e 267 milhões de toneladas, respectivamente.
Fonte: Agrolink