A revisão da política de subsídios da China deverá resultar em prejuízos de mais de US$ 10 bilhões para as estatais do país que mantêm milho estocado impróprio para o consumo, afirmou o USDA.
Segundo o escritório do USDA em Pequim, alguns analistas de mercado estimam que mais de 20 milhões de toneladas do milho estocado no país estão “tão mofadas ou deterioradas que não servem mais para o consumo humano ou para o uso em ração animal”.
Em um relatório divulgado ontem, o escritório regional do USDA afirmou que uma fração desse milho pode ser usado para a fabricação de etanol, mas outra grande parte “nem para isso”. Em uma tentativa de rever seu caro programa de subsídio agrícola, autoridades chinesas anunciaram no mês passado que os preços de todas as culturas — exceto trigo e arroz — deverão ser ditados pelo mercado.
Sob o atual sistema de preços mínimos, a China acumulou grandes estoques de culturas. Os estoques chineses de milho deverão cair para 103.4 milhões de toneladas até junho de 2017, disse o USDA. Esse será o primeiro declínio em seis anos. A retirada dos subsídios deverá desencorajar a produção.
Fonte: Valor Econômico