A queda das cotações na Bolsa de Chicago causou um efeito negativo e baixou o preço da soja brasileira. Segundo Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, tanto a bolsa quanto o dólar estão recuando e a tendência é de que esse ritmo se mantenha nos próximos dias.
“Quedas em Chicago e no dólar provocaram baixas nos preços da soja no Brasil, ontem. Com Chicago recuando 0,86% e o dólar 0,57%, as cotações da soja nos portos recuaram também 0,99% para R$ 90,29/saca e as cotações no interior recuaram 0,83% para R$ 84,35, segundo levantamento diário feito pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Tecnologia Aplicada)”, explica.
Nesse cenário, o analista afirma que a queda de Chicago elevou os prêmios nos portos brasileiros. Na soja, os prêmios subiram US$ 0,23 em Rio Grande, US$ 0,10 em Paranaguá e US$ 0,20 em Santos. No farelo, os prêmios negativos permaneceram inalterados em Rio Grande e melhoraram R$ 4,00 em Paranaguá. No óleo de soja, subiram US$ 0,10 em Rio Grande e US$ 0,20 em Paranaguá.
“No entanto, ele afirma que a principal característica notada nesse início de semana é de que o mercado continua travado. Mas, de um modo geral, a principal característica do dia foi a de que os mercados ficaram travados. As quedas, num primeiro momento, assustam os agricultores, num segundo momento os fazem vender. Hoje foi o dia de parar para ver o que acontece”, informa.
Além disso, outro fator importante desse início de semana foi a diminuição do processo de moagem na China, com isso, bolsa de Dalian também sofreu queda. “Com isto, os contratos futuros do farelo, negociados em Dalian, recuaram 2,8% para a menor cotação em 2 meses. A queda foi provocada pelo aumento do número de casos de gripe suína no país”, disse Pacheco.
Após o fechamento de Chicago, o USDA divulgou o seu boletim semanal de acompanhamento de safras, que mostrou um aumento do percentual das lavouras de soja em excelentes/boas condições, mantendo as do milho.
Até o último domingo (26/8), eram 66% das lavouras de soja em excelentes/boas condições, contra 65% da semana anterior. A média dos últimos cinco anos é de 65,8%. Há ainda 95% das lavouras no estágio de formação de vagens, contra 90% de média. 7% estão derrubando as folhas.
No milho, o percentual das lavouras em excelentes/boas condições se manteve em 68%, mesmo percentual da semana anterior, contra os 67,6% de média das últimas cinco safras. Ainda segundo o USDA, 92% das lavouras estão na fase de formação de grãos, 61% na formação de dentes e 10% em estágio de maturação.
Fonte: Agrolink