Centro-sul processa 44.4 milhões de toneladas de cana na primeira quinzena de setembro

As usinas do centro-sul do Brasil processaram 44.393 milhões de toneladas de cana-de-açúcar da safra 2020/21 na primeira quinzena de setembro. O volume é 12,08% maior do que as 39,608 milhões de toneladas processadas no mesmo período do ano passado.

Segundo dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), a moagem acumulada na temporada, até 16 de setembro, totalizou 459.448 milhões de toneladas, com aumento anual de 4,56%.

O teor de sacarose na cana, medido pela quantidade de Açúcar Total Recuperável por tonelada processada (ATR/t), foi de 159,09 quilos (kg) na primeira metade de setembro, 3,15% superior ao registrado no mesmo período da safra passada. No acumulado da safra 2020/21, o ATR atingiu 141,24 quilos por tonelada até 16 de setembro.

O diretor técnico da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues, informou em comunicado que “o clima seco dos últimos meses favoreceu a operacionalização da colheita e permitiu esse crescimento de 20 milhões de toneladas na moagem registrada até o momento”.

Rodrigues indicou ainda que algumas empresas estão processando a cana antes do período ideal, com possíveis perdas na qualidade e na produtividade.

Segundo a Unica, 258 usinas estavam em operação até 16 de setembro, uma a mais do que no mesmo período de 2019. “Na primeira quinzena de setembro, uma unidade de Goiás e duas unidades de São Paulo já encerraram precocemente a safra 2020/2021”, informou a nota da entidade.

Açúcar

A produção de açúcar na primeira metade de setembro chegou a 3.179 milhões de toneladas, com aumento anual de 55,96%. No acumulado da safra, a produção do adoçante no centro-sul registra um aumento de 44,96% em relação ao ano passado, chegando a 29.068 milhões de toneladas.

“A mudança no mix de produção reflete a maior competitividade do adoçante brasileiro no mercado internacional”, indicou Pádua no comunicado, ressaltando que das nove milhões de toneladas a mais produzidas no acumulado da safra até o momento, 6.8 milhões de toneladas se devem à alteração do mix e o restante, à melhor qualidade da cana e ao avanço da moagem.

Etanol

Com 47,24% da oferta total de cana destinada ao açúcar e 52,76% ao etanol, a produção do biocombustível totalizou 2.292 bilhões de litros na primeira quinzena de setembro, o que corresponde a uma queda de 4,65% em relação a produção no mesmo período da safra passada, de 2.404 bilhões de litros.

Na primeira metade do mês, foram produzidos 1.547 bilhão de litros de hidratado, com queda de 10,07%. A produção de anidro, por sua vez, aumentou 9,01%, passando de 684 milhões de litros, no mesmo período do ano passado, para 745 milhões de litros na primeira quinzena de setembro de 2020.

No acumulado da safra até 16 de setembro, a produção total de etanol registra queda de 7,96%, para 21.265 bilhões de litros. Do total, 6.364 bilhões de litros são do biocombustível anidro (baixa anual de 9,22%) e 14.901 bilhões de litros, do hidratado (queda de 7,41%).

Além disso, foram produzidos 1.01 bilhão de litros de etanol de milho na safra até o momento, 94,47% a mais do que no mesmo período do ano passado.

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA

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