A safra de soja 2021/22 do Brasil deve totalizar 134.5 milhões de toneladas. O resultado representa uma redução do volume de 145.7 milhões de toneladas previstas anteriormente, em função da seca no Sul do País. A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira pela consultoria Céleres.
Quanto à safra anterior, a estimativa é que a produção brasileira de soja deva recuar 2,70% em relação ao recorde de 138.2 milhões de toneladas.
Paraná e Rio Grande do Sul são os estados mais afetados pela estiagem, registrando perdas de 29% e 21% na produção, respectivamente. Por outro lado, Goiás e Mato Grosso sentem, ainda que em menor grau, o excesso de chuvas atrapalhar o manejo e a colheita do grão.
“A frustração de safra no Sul deverá limitar as perspectivas de exportação na região e aumentar o interesse no aumento das importações de países vizinhos, como Argentina e Paraguai, para abastecer a indústria de esmagamento local, apesar dos problemas climáticos por lá e do patamar cambial”, indicou a consultoria em nota.
Limitação
Ainda segundo a análise, a limitação da oferta total deverá manter o cenário de estoques apertados no decorrer de 2022, reforçando o viés de neutralidade altista para os preços da oleaginosa no mercado interno, caso seja mantido o real desvalorizado.
Como na soja, o La Niña trouxe efeitos também para a cultura do milho no Brasil. Segundo a Céleres, a estimativa de produção para a primeira safra já recuou 5.3 milhões de toneladas em relação aos primeiros acompanhamentos, totalizando 22.7 milhões de toneladas em 2021/22.
Fonte: Reuters
Equipe SNA