O presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Nelson Carvalhaes, afirmou que, possivelmente, o Brasil deve bater o recorde histórico de exportação de café em 2020.
“Se nós continuarmos na mesma batida, vamos atingir ao redor de 43 milhões de sacas de café, entre verdes, solúveis e industrializados, na exportação”, disse ele durante a Semana Internacional do Café, realizada nesta quarta-feira por videoconferência.
“O que ajudou muito é essa desvalorização do real frente ao dólar. Nós vemos que isso favoreceu a exportação brasileira, e o café não ficou por menos.”
Carvalhaes destacou também a recuperação de preços a partir de setembro e outubro de 2019, que, segundo ele, foi causada pelos baixos preços anteriores. “Essas cotações foram mantidas e agregou-se a desvalorização do real”. Para o executivo, o setor de café recebeu “uma grande injeção de receita”.
“Toda a cadeia, principalmente a produção, vive um novo momento, com a possibilidade de incremento e investimento necessário para os próximos anos”.
O presidente do Cecafé falou ainda sobre a perspectiva de ampliação de mercados. “A China é um consumidor de 4.5 milhões de sacas de café. O Brasil também pode ser um grande parceiro nesse mercado”. Segundo ele, o País representa 38% do mercado global e caminha para representar 40%.
“O cenário é muito otimista, mas temos de ultrapassar esse grande desafio que estamos vivendo, e nós iremos ultrapassá-lo”, disse, referindo-se à pandemia do novo Coronavírus.
Por fim, o executivo defendeu o potencial de reconhecimento da sustentabilidade do café brasileiro. “O café brasileiro é sustentável, tem rastreabilidade. Temos leis sociais e ambientais seriíssimas que o café respeita”.
Fonte: Broadcast Agro
Equipe SNA