O Colégio Brasileiro de Nutrição Animal realizou, nos dias 9 e 10 de maio, o 2º Workshop CBNA sobre Nutrição em Aquicultura, que contou com a co-promoção do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).
Muito mais que nutrição, a programação do encontro incluiu assuntos pertinentes a todas as áreas de produção aquícola. Para a direção responsável pelo evento, apesar do incrível potencial do Brasil, por causa de suas condições naturais, ainda há muito a fazer para o desenvolvimento da aquicultura e da carcinicultura nacional.
Prova dessa constatação foi destacada por Santiago Benites, técnico da Aquivet Saúde Aquática: “A eficiência produtiva nacional está muito aquém comparada aos sistemas produtivos da avicultura e suinocultura, por exemplo”.
Na aquicultura, diz o especialista, a eficiência de sobrevivência do ciclo do alevino até a engorda ainda está abaixo dos 30%: “Percebe-se, então, que há um mercado de 70% para se alcançar”.
Diante dessas possibilidades e mirando no apoio a essa proteína do futuro, que temas como sanidade, nutrição, manejo, novas tecnologias, sustentabilidade, associativismo e consumo foram apresentados e debatidos para um público recorde de 120 pessoas, ligadas à aquicultura e carcinicultura.
Para o zootecnista e mestre em Aquicultura João Manoel Cordeiro Alves, que integra o Comitê CBNA Aquicultura, o workshop do CBNA provou que veio para ficar.
“Nosso objetivo foi atingido. Encerramos o encontro com sucesso de público e feedback positivo dos presentes. Nos dois dias, propusemos um olhar macro de toda esta cadeia de valor, a fim de descentralizarmos a visão dos participantes. Estes que, muitas vezes, tendem a ter uma dificuldade de olhar o todo, em função de suas atividades cotidianas”, comenta Alves.
CADEIA PRODUTIVA
Esse manifesto recebeu o apoio do vice-presidente executivo do Sindirações e membro diretor do CBNA, Ariovaldo Zani.
“O pensamento deve ser em cadeia. O objetivo é o mesmo. A aquicultura é uma atividade que, por vocação, faz parte da alimentação dos brasileiros, dos clientes internacionais e, sobretudo, tendo um papel para a balança comercial com a missão contribuir com o status econômico do país”, avalia o executivo.
Zani ainda completa: “Saímos muito satisfeitos haja vista que em meio a um colapso político-econômico conseguimos discutir saídas e oportunidades para fortalecer a aquicultura nacional. Foi um congresso conectado de A a Z”.
Equipe SNA/RJ com informações da assessoria do CBNA
