Boi/CEPEA: liquidez se reduz e preço se enfraquece
A liquidez do mercado de boi gordo esteve ainda menor nos últimos dias em todas as praças consultadas pelo CEPEA. Alegando principalmente dificuldade na venda de carne no mercado interno – os preços, no entanto, seguem firmes no atacado da Grande SP –, alguns frigoríficos passaram a ofertar valores significativamente menores que os vigentes na virada do mês.
Além disso, algumas unidades diminuíram os abates, havendo caso, inclusive, de férias coletivas. Essa pressão compradora, no entanto, esbarra na forte resistência de pecuaristas. Com a possibilidade de deixar o boi no pasto e atentos à oferta abaixo da demanda, vendedores optam por postergar os negócios.
Nesse contexto, as variações negativas observadas nos últimos dias decorrem mais do afastamento de operadores (compradores e vendedores) do mercado do que propriamente da diminuição dos patamares de preços negociados. Desde o início de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo caiu 1,81%, fechando a R$ 153,11 nessa quarta-feira, 9.
Suínos/CEPEA: preço do vivo sobe, mas é o menor para março desde 2011
Os preços do suíno vivo vêm apresentando ligeiras altas na maioria das regiões acompanhadas pelo CEPEA neste início de março. Segundo pesquisadores, o suporte vem da posição mais firme de produtores independentes e do bom ritmo das exportações nas últimas semanas – os volumes do primeiro bimestre foram os maiores para o período desde o início da série da Secex (1997), somando 83.000 toneladas de carne suína in natura.
Além disso, a carne suína está bastante competitiva frente às concorrentes (frango e boi), o que pode favorecer o reaquecimento da demanda interna.
Apesar disso, os preços atuais na maioria das regiões ainda são os menores dos últimos seis anos (desde 2011) para um mês de março em termos reais (IGP-DI fev/16), justificando a preocupação de produtores e até mesmo falência de alguns negócios.
Fonte: Cepea/Esalq