Embora devagar, muito devagar!, os números da Secex/Mdic vão “entrando nos eixos”. Na terceira semana de julho, por exemplo, corresponderam, pela média diária, a embarques da ordem de 15.940 toneladas/dia, resultado bem mais compatível com a média registrada nos 24 meses anteriores, perto de 15.150 toneladas/dia entre julho de 2016 e junho de 2018.
Porém, os resultados anteriores, mais de 130.000 toneladas na semana inicial de julho; outras 96.000 toneladas na semana seguinte, continuam a gerar distorção quando se trata da média mensal. Pois, com as (cerca de) 80.000 toneladas embarcadas na semana passada (15 a 21, cinco dias úteis) tem-se, em 15 dias úteis, um total de 306.000 toneladas de carne de frango in natura e uma projeção (para os 22 dias úteis do mês) de embarques totais não muito distantes das 450.000 toneladas.
Ou seja: faltando ainda sete dias úteis para o fechamento de julho, já se ultrapassou, em quase 40%, o total exportado em junho passado (pouco mais de 220.000 toneladas). E a projeção para o total mensal, se atingida, significará não só aumento de mais de 100% sobre o mês anterior, mas também a quebra de um novo recorde. Difícil de acreditar considerados os desafios ora enfrentados pelos exportadores.
Como está bem mais próximo da média registrada historicamente pelo setor, o desempenho da terceira semana de julho talvez represente melhor indicador das possibilidades do setor no corrente mês. Assim, se tomando como base a média diária registrada na semana, 15.940 toneladas, aproximadamente, tem-se, em 22 dias, um volume total da ordem de 350.000 toneladas, ou seja, um resultado ainda elevado, mas não muito diferente do registrado há um ano, em julho de 2017, quando o total de carne de frango in natura embarcada totalizou 354.300 toneladas. Já em relação ao mês anterior será imprópria qualquer comparação. Pois foi a partir daí que se acentuaram as distorções em torno dos reais números de exportação de carne de frango.
Fonte: AviSite