Em novembro passado, os embarques de carne de frango in natura somaram 356.343 toneladas, volume que representou retração de quase 5% sobre o mês anterior e ganho de apenas 2,79% sobre novembro de 2022.
Esperava-se mais, especialmente porque até a terceira semana do mês (11 dias úteis) a média embarcada havia se aproximado das 20,5 mil toneladas diárias, sinalizando para o mês volume não inferior a 400 mil toneladas. Mas nos últimos nove dias úteis de novembro os embarques se resumiram a 14,6 mil toneladas diárias, disso resultando o menor volume mensal dos últimos nove meses e um resultado superior, neste ano, apenas ao de fevereiro passado (353,422 toneladas).
Foi um mau desempenho? De maneira alguma: a análise dos 16 anos transcorridos entre 2007 e 2022 demonstra que o terceiro menor volume do ano é observado justamente no mês de novembro. Em essência porque, a essa altura do ano, os estoques destinados ao consumo das Festas já estão devidamente formados pelos importadores do produto.
Acrescente-se – reafirmando não ter sido um mau resultado – que pela nona vez em 2023, o volume exportado foi recorde para o mês, ou seja, pela primeira vez em um novembro foram ultrapassadas as 350 mil toneladas.
A registrar, também, que o preço médio de novembro permaneceu em relativa estabilidade em relação ao mês anterior: apresentou ganho de 0,34% sobre outubro, resultado positivo que ocorre pela primeira vez nos últimos cinco meses e que pode ser novo indicativo de retomada dos preços. Mesmo assim, persistiu redução de 14,33% sobre novembro de 2022.
A despeito do preço estável, a queda no volume em relação ao mês anterior fez com que a receita apresentasse um retrocesso mensal de 4,54%. Já no tocante a novembro de 2022, a receita foi afetada pela queda de preço, apresentando queda anual de, praticamente, 12%.
Preliminares, os dados acumulados em onze meses indicam aumento de volume de quase 8%. Mas como o preço médio, no ano, vem sendo mais de 6% inferior ao do mesmo período do ano passado, o aumento na receita cambial não chega agora a 1%. Se em dezembro atingir a média dos últimos três meses, chega zerada ao final de 2023.