O fraco desempenho até agora registrado pelas exportações brasileiras de carne de frango – o menor volume dos últimos cinco anos foi registrado justamente no primeiro quadrimestre de 2015 – não vem tendo a participação das cooperativas que, bem ao contrário, encerraram os quatro primeiros meses do ano com um incremento de quase 20% na quantidade exportada.
Com tal índice de expansão, também a receita cambial das cooperativas apresentou resultado positivo, aumentando 10% em relação a idêntico período de 2014.
Notar, porém, que não foi só o maior volume o responsável por esse aumento de receita. Pois embora também tenha retrocedido em comparação ao mesmo quadrimestre do ano passado, o preço obtido pelas cooperativas foi, na média, superior ao alcançado pelas exportações gerais de carne de frango.
Mas não só isso: o “mix” de itens exportados vem sendo bem diferente. E, como mostra o gráfico abaixo da tabela, nele sobressaem os produtos com maior agregação de valor. O frango inteiro, por exemplo, representa apenas 2% da carne de frango exportada pelas cooperativas, enquanto nas exportações globais ele corresponde a mais de 32% do volume total.
É justificável, portanto, que a participação das cooperativas, tanto na receita cambial total do próprio segmento, como na receita cambial global da carne de frango, esteja registrando, neste ano, elevados índices de expansão. Mais exatamente (e respectivamente), 26,97% e 24,20%.
Fonte: Avisite