Os preços do café robusta brasileiro atingiram na segunda-feira o maior patamar nominal desde 2001, informou nesta terça-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), com uma forte demanda externa pelo produto e menor oferta no Brasil, após quebra de safra no Espírito Santo.
O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 323,48 a saca de 60 kg, o maior cotação sem considerar a inflação desde o que CEPEA, da Universidade de São Paulo (SP), realiza a pesquisa.
Na parcial do ano, a alta do indicador do robusta é de 18,7% ou de quase R$ 51,00/saca.
“O impulso para os preços vem, principalmente, da menor oferta interna e da maior demanda internacional. Produtores consultados pelo CEPEA têm postergado as vendas, visto que acreditam que a quebra na safra 2015/16 seja maior que a estimada até então”, afirmou o CEPEA em análise.
A colheita de café no Espírito Santo, o maior produtor nacional de café robusta, já está encerrada.
Segundo dados do governo citados pelo CEPEA, a colheita de robusta deve ser de 7.76 milhões de sacas no Espírito Santo contra as 9.95 milhões de sacas na safra 2014/15.
Já colheita de café arábica, que responde por 75% da produção nacional, caminha para a parte final.
Fonte: Reuters