As exportações de milho do Brasil no próximo ano poderão bater recordes caso a grande safra estimada para 2022/23 se confirme, avaliou o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, estimando um intervalo entre 40 milhões e 50 milhões de toneladas de embarques.
Segundo ele, essa expectativa está fortemente baseada na previsão de safra, mas é claro que um novo protocolo assinado com os chineses neste ano dará suporte às exportações brasileiras em 2023.
As exportações do cereal em 2022, que contam com uma safra recorde, deverão atingir 41 milhões de toneladas, segundo a Anec, possivelmente igualando a marca histórica de 2019. Por hipótese, a China poderia comprar cinco milhões de toneladas de milho do Brasil em 2023, com os chineses dividindo suas principais origens entre brasileiros e norte-americanos.
“Vamos supor, só pensando em safra, diria que seria um volume entre 40 e 50 milhões de toneladas, porque a estimativa de safra é muito boa. Se não acontecer nada, o caminho vai ser de uma exportação superior. E não estou computando a China, é mercado mesmo”, disse Mendes à Reuters.
“Lógico que a China vai dar suporte. Supondo que ela fosse dividir com os EUA, um pouco para cá, um pouco para os americanos, seria algo em torno de 5 milhões, por aí, então alteraria o total”.