Brasil mantém exportações em alta e aumenta participação no mercado asiático

Embarque de soja em grão no Paraná: no primeiro quadrimestre do ano, cerca de 45% das exportações brasileiras tiveram como destino a Ásia. Foto: Ivan Bueno/APPA/Fotos Públicas.

Mesmo com a pandemia do novo Coronavírus, o Brasil continua a registrar alta nas exportações. Considerando as maiores economias do mundo no âmbito do G-20, o País desponta como exceção no cenário da crise. É o que afirma Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia.

“No período de janeiro a abril de 2020, o País cresceu em volume total de exportações e aumentou sua participação no mercado asiático. No primeiro quadrimestre do ano, cerca de 45% das exportações brasileiras tiveram como destino a Ásia”, ressaltou o secretário.

Com isso, o Brasil segue em uma direção contrária à situação descrita pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que estima queda de até 32% do comércio internacional em 2020.

Segundo Troyjo, os resultados positivos do País foram favorecidos por uma visão global do governo em matéria de política externa e pelo trabalho desenvolvido pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, focado na abertura de mercado aos países asiáticos.

“As vendas para a Coreia do Sul e o Japão, por exemplo, têm crescido bastante recentemente. O Brasil exporta hoje muito mais para países da Ásia do que para os Estados Unidos e México”, informou o secretário, acrescentando que “isso tudo faz faz parte de um esforço de potencialização das vantagens comparativas do Brasil no agronegócio e no setor de commodities minerais, muito importante para a retomada da economia brasileira”.

Comércio com a China

Troyjo destacou ainda o saldo do comércio com a China, principal destino das exportações brasileiras. “Nos últimos 20 anos, as relações comerciais Brasil-China passaram por um período de forte expansão. Em 2001, o comércio bilateral era de US$ 1 bilhão ao ano e hoje está em torno de US$ 100 bilhões anuais”.

As exportações para a China no primeiro quadrimestre subiram 11%, informou o secretário. “Além das vendas do complexo soja e também de minério de ferro , estamos exportando em maior volume proteínas animais, como carne suína e bovina, e isso vai permitir um influxo de dólares por meio do comércio exterior que irá ajudar muito as contas nacionais”.

Investimentos estrangeiros

Troyjo acredita que, no período pós-Covid 19, o diferencial será a continuidade das reformas estruturais do governo. “Se não fizermos as reformas, perderemos a confiança daqueles que aplicam recursos como apostas de longo prazo”.

Nos primeiros três meses do ano, disse o secretário, o Brasil recebeu 6% a mais de investimentos estrangeiros diretos nos setores de produção e infraestrutura, em relação ao mesmo período de 2019, e isso em meio a um cenário global de medo e incertezas, em razão da pandemia.

“Durante o primeiro ano do governo Bolsonaro (2019), o Brasil foi o quarto maior destino mundial de investimentos estrangeiros diretos, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Singapura. Se levarmos em consideração o montante que o País recebeu de investimentos estrangeiros como percentual do PIB, ficamos em segundo lugar, perdendo apenas para Singapura”, afirmou Troyjo.

Escolhas

Para ele, conforme os efeitos da pandemia forem se dissipando, “o mundo irá fazer escolhas muito importantes, pautadas por países que prosseguem com suas mudanças estruturais”.

“O caminho das reformas é o que vai continuar a trazer recursos para o País”, disse o secretário, que também citou algumas medidas do governo brasileiro no âmbito da integração com a economia mundial, entre elas, o acordo Mercosul-União Europeia, e a diminuição de tarifas, por meio de hegde, de quatro mil produtos e de alíquotas de importação de 400 produtos.

 

Fonte: Jovem Pan News

Equipe SNA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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