Em novembro, as exportações de café brasileiro somaram 3.071.554 sacas de 60 kg, de acordo com o relatório mensal mais recente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Em comparação com o mesmo período de 2015, houve queda de 12,2%, devido à redução dos embarques de café conilon e a impactos sentidos com a greve alfandegária no porto de Santos, que comprometeu o processamento de certificados de exportação.
“A situação favorável do dólar, que resultou em receita cambial positiva, compensou o decréscimo de exportações observado nos últimos meses. Essa diminuição ocorre principalmente devido à redução de oferta do café conilon, reflexo do período de seca no estado de Espírito Santo. Justamente por isso, acreditamos que devemos fechar o ano civil em cerca de 34 milhões de sacas exportadas”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
A receita cambial foi de US$ 547.3 milhões em novembro. Trata-se de um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao aumento dos preços do café conilon, puxando também a alta do café arábica. No total, os cafés verdes somaram 2.775.931 sacas (2.747.541 sacas de arábica e 28.390 sacas de robusta), queda de 14,3% em relação a 2015 e de 7,6% em relação a outubro de 2016.
O total exportado de janeiro até novembro de 2016 já atingiu 30.769.180 sacas, com receita de US$ 4.8 bilhões. A soma dos últimos 12 meses (dez/2015 até nov/2016) registrou 34.019.172 sacas, com total de receita de US$ 5.3 bilhões. No ano safra (jul/2016 a nov/2016), já foram exportadas 14.481.330 sacas de café brasileiro.
Principais destinos
Os principais destinos do café exportado pelo Brasil continuam sendo, pela ordem, Estados Unidos, com 5.805.870 sacas no período de janeiro a novembro de 2016, Alemanha (5.596.361 sacas), Itália (2.658.381 sacas), Japão (2.227.323) e Bélgica (1.856.960). No acumulado do ano civil (janeiro a novembro de 2016), 127 países consumiram o café brasileiro.
Cafés diferenciados
Em relação às exportações de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, por exemplo), em novembro de 2016 foram 455.015 sacas embarcadas (3,7% inferior em relação ao mês de outubro, quando foram embarcadas 472.681), representando uma receita cambial de US$ 101.5 milhões.
No acumulado de janeiro a novembro de 2016, os cafés diferenciados representaram 17,7% dos embarques, com um total de 5.442.831 sacas, alcançando preços médios de US$ 195,43 – cerca de 25% superiores à média total do café verde exportado.
Os dez maiores países importadores de cafés diferenciados brasileiros representam 81,3% dos embarques. Os EUA continuam sendo o maior comprador deste tipo de café, com uma fatia de 20% do total de exportações – 1.110.680 sacas no período. Japão, com 15% (829.373 sacas), fica em segundo, seguido pela Alemanha com 11% (623.340 sacas).
Preços
O preço médio registrado em novembro de 2016 foi de US$ 178,19, com alta de 20,2% em relação ao mesmo período do ano anterior (US$ 148,25) e de 4,2% em relação ao mês de outubro de 2016 (US$ 170,92). Com a alta nos últimos meses, a média para o ano civil está em US$ 156,29.
Portos
O porto de Santos segue como principal via de escoamento da safra para outros países, com 84% (25.842.063 sacas embarcadas) de participação no acumulado entre janeiro e novembro de 2016, seguido pelos portos do Rio de Janeiro, com 12% (3.696.873 sacas embarcadas) de participação. O relatório completo está disponível no site do Cecafé: www.cecafe.com.br.
Fonte: Cecafé