Uma equipe da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA/SP) está fazendo levantamentos em propriedades rurais de diversas regiões do estado com o objetivo de garantir e manter o status de área livre da Raça 4 Tropical da Fusariose da Bananeira no Brasil e do Moko da Bananeira. Produtores rurais estão recebendo orientações sobre os riscos da entrada dessas pragas, que podem comprometer o cultivo da fruta no País.
O Brasil é atualmente o quarto maior produtor de bananas do mundo, com área de 466.000 hectares e produção estimada de 6.7 milhões de toneladas. O Estado de São Paulo é o maior produtor, com 1 milhão de toneladas por ano, cultivadas em 50.000 hectares, sendo 76,40% na região do Vale do Ribeira. Em julho, os servidores já fizeram o levantamento dessas pragas nesta região e o trabalho agora vai continuar em outras áreas.
Na semana de 17 a 19 de agosto, a programação será nos municípios de São Bento do Sapucaí e Ubatuba, na região de Taubaté. Em setembro, será a vez do Oeste Paulista (regiões de Fernandópolis, Jales e Andradina), onde 12 municípios serão visitados. Em outubro, na região de Assis e Avaré, propriedades de quatro cidades serão contempladas.
Doença
A Raça 4 Tropical (FOC R4T) ainda não chegou ao Brasil, mas já está presente na Colômbia e no Peru, o que preocupa muito a defesa fitossanitária, porque não existe tratamento curativo nem variedades resistentes à doença.
“É muito importante prevenir para evitar a entrada desta praga, que pode ser disseminada, principalmente, por meio de mudas de bananeira e solo contaminado aderido aos calçados e às rodas de veículos”, disse Wilson da Silva Moraes.
Engenheiro agrônomo e fitopatologista da Unidade Técnica Regional de Agricultura Ipanema (Utra Ipanema/SFA-SP), Moraes é o responsável pelo levantamento anual de FOC R4T e Moko da Bananeira no Estado de São Paulo.
Fungo
A Raça 4 Tropical da Fusariose da Bananeira é um fungo habitante do solo que infecta as raízes e coloniza os vasos condutores de seiva do pseudocaule (caules falsos compostos por restos de bainhas das folhas que se prendem ao caule) de todas as variedades de banana, principalmente as do tipo nanica.
Esse fungo impede o transporte de água e nutrientes para a parte aérea da planta, provocando sua morte, e pode permanecer viável no solo por até 40 anos, impossibilitando a produção.
O trabalho do profissional é realizado em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e dos Escritórios de Desenvolvimento Rural (Cati) da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo.
Fonte: Agrolink, com dados do Ministério da Agricultura
Equipe SNA