O Brasil deverá se tornar o maior fornecedor mundial de farelo de soja, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o boletim logístico da estatal, o País exportará 21.82 milhões de toneladas do produto nesta temporada 2022/23.
O grande volume das exportações de farelo de soja do Brasil é resultado da redução do processamento do grão na Argentina por conta da quebra da safra de cerca de 50%, o pior resultado em mais de vinte anos.
Segundo a Conab, a maior demanda por soja das usinas brasileiras para produção de biodiesel também impulsionou a oferta de farelo e também puxou os preços do óleo.
No acumulado do ano até julho, as exportações brasileiras do farelo de soja totalizaram 12.9 milhões de toneladas, na comparação com as 12.2 milhões de toneladas no mesmo período do exercício passado. Destaca-se o escoamento pelo porto de Santos (40,60%), Paranaguá (29%), Rio Grande (15,50%) e Salvador (5,70%).
Quase 4.5 milhões de toneladas de farelo de soja exportadas pelo Brasil foram produzidas em Mato Grosso. Na sequência estão Paraná (2.1 milhões de toneladas), Rio Grande do Sul (2 milhões de toneladas) e Goiás (1.5 milhão de toneladas).
Segundo a Conab, em julho, 36,10% das exportações brasileiras de soja ocorreram pelo Porto de Santos, 37,30% foram escoadas pelos portos do Arco Norte e 11,70% pelo Porto de Paranaguá.
Já com relação ao milho, os portos do Arco Norte atingiram 39,80% da movimentação nacional contra 36% no mesmo período do ano anterior. Na sequência estão o Porto de Santos, com 27,20% da movimentação total, o Porto de Paranaguá, com 16,90%, e o Porto de São Francisco do Sul, que registrou 7,70% dos volumes embarcados contra 2,60% no mesmo período do exercício anterior.
