As exportações do agronegócio do Brasil registraram em junho um recorde para o mês em termos de receita, US$ 10.17 bilhões, com aumento de 24,50% na comparação com junho de 2019, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo a Pasta, o resultado foi puxado especialmente pelas exportações de soja, açúcar e carnes bovina e suína, em momento de firme demanda externa e câmbio favorável às commodities brasileiras, com a valorização do dólar.
A soja, principal produto de exportação do Brasil, liderou a lista, registrando receita de US$ 5.42 bilhões no mês passado, com aumento de 53,40% em relação a junho de 2019.
Os embarques de soja do Brasil totalizaram 13.8 milhões de toneladas em junho, com alta de mais de 60,80% no ano a ano, impulsionados especialmente pela grande demanda da China.
Segundo os dados do ministério, os chineses adquiriram 70% da soja exportada pelo Brasil em junho. O país asiático também foi o principal destino dos embarques de carnes bovina e suína, cujas aquisições pela China aumentaram quase 150% para cada proteína ao longo do primeiro semestre, segundo associações do setor.
No total, a China foi responsável por 65% do aumento em valores absolutos das exportações agrícolas brasileiras entre junho de 2019 e junho de 2020, informou o Mapa.
A Pasta também destacou o forte crescimento das exportações de açúcar, que em junho aumentaram 94,80% em termos de volume, para quase três milhões de toneladas, e 80,40% em termos de receita, atingindo US$ 810.80 milhões.
Em um momento em que as usinas brasileiras produzem mais açúcar do que etanol, encorajadas pelo câmbio favorável e pela redução na demanda por combustíveis em função da pandemia do Coronavírus, temores de um aperto na oferta global do adoçante chegaram a causar congestionamentos nos portos do País para que navios fossem carregados com o produto.
A participação do agronegócio nas exportações do Brasil foi de 58,60% em junho, contra 44,40% no mesmo mês do ano passado.
Fonte: Reuters