O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé divulga mensalmente relatório das Exportações Brasileiras de Café contendo o volume de sacas de 60 kg exportadas, a receita cambial, preço médio por saca e tipo do café (robusta e arábica), além de indicar o total de café verde, torrado & moído e solúvel, a participação percentual do café nas exportações do agronegócio brasileiro, assim como os principais destinos por continentes e países importadores.
O relatório-resumo do “Balanço das Exportações Brasileiras de Café” do mês de junho de 2015 está disponível no Portal do CeCafé e também no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
O CeCafé é uma das cinco instituições privadas que compõem o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As demais representantes do setor privado no CDPC são: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Conselho Nacional do Café (CNC), Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).
Nesse mais recente relatório, o CeCafé demonstra que os resultados do ano-safra 2014/2015 (julho/junho) foram recorde histórico em termos de volume, com 36.492.298 sacas exportadas, 6,9% a mais que os 12 meses anteriores. Já a receita registrada no período ficou em US$ 6,854 bilhões, 28,0% maior que a da safra 2013/2014.
Para Guilherme Braga, diretor-geral do CeCafé, “o desempenho da safra 2014/2015 foi bastante positivo, com destaque para o recorde na exportação de conilon, que atingiu 4.532.940 milhões de sacas, 133% a mais que na safra anterior, superando as expectativas”.
Segundo o CeCafé, o volume de café exportado no mês de junho/2015, último da safra, teve uma redução de 12,0% no total de sacas em relação a junho do ano passado, fechando em 2.606.235 sacas. Já a receita apresentou uma queda de 23,7%, se comparada à registrada no mesmo mês em 2014, atingindo US$ 426,641 milhões.
De acordo com o Balanço das Exportações, no primeiro semestre de 2015, 77,3% do café exportado foi da variedade arábica, 12,9% de robusta, 9,7% de solúvel e 0,1% de torrado & moído. Durante esse período, os cafés diferenciados (arábica e conilon) tiveram participação de 25,4% nas exportações em termos de volume e de 32,7% na receita cambial.
1º SEMESTRE
O relatório aponta ainda que, de janeiro a junho de 2015, a Europa foi o principal mercado importador, responsável pela compra de 54% do total embarcado do produto brasileiro. A América do Norte adquiriu 24% do total de sacas exportadas, a Ásia, 16% e a América do Sul, 3%.
Neste período, os EUA lideraram a lista de países importadores, com 3.587.502 sacas importadas (20% do total exportado), seguido pela Alemanha, com 3.274.834 sacas (19% do total) e a Itália, com 1.390.343 sacas (8%). A Bélgica ocupou a quarta posição, com 1.207.064 sacas (7% do total) e o Japão, com 1.206.389 sacas importadas (7% do total), ficou em quinto lugar.
O porto de Santos, que embarcou 84,5% do produto exportado (14.914.858 sacas), os portos do Rio de Janeiro, que escoaram 7,6% do total (1.347.623 sacas), e o porto de Vitória, por onde saiu 4,9% do total (859.402 sacas), foram as principais vias de exportação do café no primeiro semestre deste ano.
OBSERVATÓRIO
O relatório das Exportações Brasileiras de Café, publicado pelo Cecafé, é disponibilizado mensalmente no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café. O Observatório do Café divulga, além desta última edição do Resumo das Exportadores de Café no Brasil do CeCafé, as seguintes publicações das entidades integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café: Informe Estatístico do Café, Revista Coffee Science; Levantamento de Safra de Café, Relatório de Atividades da Embrapa Café – 2012 a 2015; Publicações Técnicas (com informações sobre tecnologias desenvolvidas pelas instituições consorciadas); imagens e vídeos sobre cafeicultura; Valor Bruto da Produção; Relatório Internacional de Tendências do Café; Rede Social do Café; Clipping do Café do Consórcio; SAC – Consórcio Pesquisa Café; Relatório Final de Levantamento de Estoques Privados de Café; Evolução do Consumo Interno; Tendências de Consumo de Café no Brasil; Relatório sobre Mercado de Café; Relatórios de Atividades da Embrapa Café e Sistema de Informação do Café disponível – SBICafé, entre outros.
CDPC
É composto por representantes do setor cafeeiro da iniciativa privada e do governo. Pela iniciativa privada: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Conselho Nacional do Café (CNC); Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic); Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics); e Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé); pelo governo, Mapa, Ministério da Fazenda, Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Ao CDPC compete “autorizar a realização de programas e projetos de pesquisa agronômica, mercadológica e de estimativa de safra do café; estabelecer cooperação técnica e financeira, nacional e internacional, com organismos oficiais ou privados no campo da cafeicultura; e aprovar anualmente a proposta orçamentária do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé”, que financia as pesquisas do Consórcio Pesquisa Café, entre outras finalidades.
PANORAMA MUNDIAL DA CAFEICULTURA
Segundo o Relatório sobre o mercado de café da Organização Internacional do Café (OIC) de junho de 2015, os preços do café subiram ligeiramente, liderados principalmente por uma recuperação nos preços dos robustas. Pelo sexto mês consecutivo, as exportações foram menores que no ano passado, embora o mercado pareça não ter preocupações imediatas com o abastecimento, especialmente porque relatórios recentes sugerem uma visão otimista sobre a produção de café.
A fragilidade continuada do real brasileiro também está afetando os preços, e a nova safra de 2015/16 é esperada para chegar ao mercado em um futuro próximo. No longo prazo, porém, os preços baixos registrados no último trimestre, embora não tendo atingido ainda níveis críticos, não estimularão o investimento no setor, o que poderia resultar em redução da oferta caso os produtores se retirem do mercado.
A OIC é o principal organismo intergovernamental a serviço do café, do qual o Brasil é membro, congregando países exportadores e importadores para, mediante cooperação internacional, enfrentar os desafios com que o café se depara no mundo. Seus membros representam 97% da produção de café e mais de 80% do consumo mundial.
Administra o Acordo Internacional do Café (AIC), um importante instrumento para a cooperação de questões cafeeiras dos países envolvidos. Sua missão é fortalecer o setor cafeeiro global e promover sua expansão sustentável em um ambiente de mercado, dando melhores condições a todos os participantes do setor.
Fonte: Embrapa Café