No primeiro trimestre de 2017, as importações de etanol brasileiras registraram aumento de 403%. A informação é do diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Aurélio Amaral. Segundo ele, esse foi um elevado volume de aquisições para um país produtor de cana e maior produtor de açúcar do mundo. O diretor reconheceu que o aumento chama a atenção, mas declarou que, por questões tributárias que influenciam a formação do preço no mercado, e também por questões de infraestrutura, “o Brasil virou um país importador de derivados”.
“Estamos importando muita gasolina também em uma quantidade muito grande, quase 70% de aumento, porque o nosso parque de refino não dá conta. Temos grandes desafios de infraestrutura para resolver. A ANP vem trabalhando para subsidiar o governo com estes estudos. Só assim a gente pode formular políticas para tentar superar este gap (lacuna)”, disse Amaral, após participar da apresentação de dados do mercado de combustíveis no Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), no Rio de Janeiro.
O diretor afirmou que os dados do segundo trimestre ainda não estão fechados, mas a tendência é de queda no patamar registrado entre janeiro e março. “A gente ainda não tem esse número (segundo trimestre). O que temos são informações do nosso boletim do primeiro trimestre. Agora houve aumento de safra, entrou a produção e o etanol voltou a ser competitivo. A tendência é de que esse número seja reduzido em função do próprio início da safra e da produção do Centro-Sul, que entra forte neste período”.
Fonte: Universo Agro
