O presidente Jair Bolsonaro vem cumprindo agendas com os líderes e chefes de Estado para reforçar que seu governo busca, de fato, um comércio mais amplo e aberto. Nesta quinta-feira (14/11), Bolsonaro afirmou que a política externa tem “os olhos postos no mundo”, mas que coloca o Brasil “em primeiro lugar”.
Segundo o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Flávio Betarello, dos nove atos firmados com a China, três estão relacionados ao agronegócio, contemplando importação e exportação de frutas, além de um plano de colaboração agrícola nas áreas de investimentos, comércio, inovação científica e tecnológica e políticas a serem desenvolvidas no período de 2019 a 2023.
“Das dez recomendações que os empresários apresentaram aos líderes, duas dizem respeito ao agronegócio. Uma delas é sobre a importância em avançarmos em biotecnologia e a outra sobre temas sanitários e fitossanitários, para que não sejam utilizados como barreiras protecionistas. A mensagem foi realmente da promoção de um comércio justo, equitativo, e nosso agro tem sempre muito destaque” disse Betarello.
Segundo o professor, as reuniões do Brics, geralmente não possuem fortes agendas comuns em agricultura, embora tragam algum avanço em determinadas negociações, como a questão das frutas anunciada nesta semana entre chineses e brasileiros. Os presidentes assinaram um acordo de exportação de melão à nação asiática, a primeira fruta a ser exportada para os chineses, enquanto, em contrapartida, o Brasil irá importar peras de seu parceiro comercial.
Ainda esta semana, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou a habilitação, pela China, de 13 novas plantas frigoríficas para exportar carne suína, bovina e de frango.
Paralelamente às discussões sobre a compra e venda de produtos, a captação de recursos e o direcionamento de investimentos na infra-estrutura brasileira também ocupam espaço nas reuniões. Nesse sentido, a agência Reuters noticiou que a China deverá anunciar um bilionário investimento no Porto de São Luís com a China Communications Construction Company (CCCC).
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