Os dados ainda preliminares (mas sujeitos a variações mínimas) de maio corrente indicam que apenas o suíno vivo deve completar o mês com um preço médio superior ao do mês anterior. Ou seja: o frango vivo deve apresentar variação “zero” em relação a abril, enquanto o preço médio do boi em pé tende a uma redução pouco superior a 1%.
Aqui, o que chama a atenção é a baixa (embora pequena) do preço do boi. Pois tal resultado vinha sendo raro no setor. O mais curioso, porém, é que ela não decorre da época do ano (afinal, estamos naquele que, outrora, foi o momento de pico da safra da carne bovina, o que implicava, automaticamente, na baixa dos preços praticados, com extensão ao suíno e ao frango vivos), mas, sim, do desdobramento de ocorrências políticas.
Em função desses desdobramentos, o boi completa os cinco primeiros meses de 2017 com um valor médio quase 7% menor que o do mesmo período de 2016. Mas o frango não escapa dessa baixa, pois seu preço médio neste ano está mais de 3% aquém do registrado entre janeiro e maio do ano passado. E se, aqui, a justificativa para a baixa é o menor custo da alimentação (o preço do milho está quase 40% menor), parabéns para os suinocultores que, após longo período de baixas cotações, agora obtêm no ano valorização superior a 28%.
Não custa observar, de toda forma, que a despeito das perdas e ganhos mais recentes de um ou outro produto, enfocado um prazo mais longo (por exemplo, três anos), todos perdem para a inflação. E, neste caso, as perdas maiores recaem sobre os dois produtos de origem agrícola, milho e farelo de soja.
Fonte: AviSite