Boi: Oferta limitada mantém preços em forte alta

A escassez de chuvas no 2º trimestre estimulou vendas naquele momento, e as queimadas acima do normal em agosto-setembro reforçaram ainda mais a comercialização de lotes que estivessem prontos para abate – Foto: Canva

Boi

O movimento de alta dos preços do boi segue firme, sem sinais de arrefecimento. Pesquisadores do CEPEA explicam que embora os confinamentos representem uma parcela importante das escalas de abate no 2º semestre, especialmente no último trimestre, a oferta de animais a pasto é determinante para a formação dos preços. A escassez de chuvas no 2º trimestre estimulou vendas naquele momento, e as queimadas acima do normal em agosto-setembro reforçaram ainda mais a comercialização de lotes que estivessem prontos para abate.
Ainda segundo pesquisadores do CEPEA, frigoríficos fecharam contratos referentes a volumes significativos dos rebanhos que se encontravam (se encontram) em confinamento, mas esses animais não são suficientes para abastecer o mercado doméstico e o externo, que não para de bater recordes. O resultado tem sido oferta bastante limitada para preencher as escalas e reajustes de preços ainda expressivos, persistentes desde o início de agosto, segundo levantamentos do CEPEA.

Suínos

Após avançar por oito meses consecutivos, o poder de compra de suinocultores paulistas caiu em relação ao milho em outubro, segundo levantamentos do CEPEA. Segundo o CEPEA, a mudança de cenário se deve às recentes e intensas altas do cereal no mercado doméstico. Na parcial deste mês (até o dia 22), o suíno vivo é negociado à média de R$ 8,97 o quilo na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), tímida alta de 0,30% em relação a setembro, indicando um equilíbrio entre oferta e demanda.
No mercado de milho, segundo a Equipe Grãos/CEPEA, mesmo diante do avanço do plantio da safra verão e de previsões indicando chuvas na maior parte das regiões produtoras, os preços sobem impulsionados pela retração dos vendedores e pela necessidade de parte dos compradores de recompor os estoques. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) registra média de R$ 67,40 a saca de 60 kg na parcial de outubro, forte alta de 7,70% em relação a setembro.
Fonte: CEPEA
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