Boi
Levantamentos do CEPEA mostram que as cotações do boi gordo seguem em alta, sustentadas pela oferta limitada de animais prontos para abate no mercado spot. No acumulado da primeira dezena de setembro, o Indicador CEPEA/B3 subiu 3,10%, passando de R$ 239,75 no último dia útil de agosto, para R$ 247,20 nessa terça-feira, 10. Segundo pesquisadores do CEPEA, apesar do movimento altista, pecuaristas se mantêm resistentes em entregar o boi, na expectativa de preços maiores que os atuais.
No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, segundo colaboradores consultados pelo CEPEA. Divulgação recente do IBGE mostra que o volume abatido no 2º trimestre foi recorde, com destaque para a categoria fêmea (vaca e novilha). Foram 8.8 milhões de cabeças no semestre, o que representou 45,70% do total de animais abatidos.
Suínos: Poder de compra do suinocultor aumenta
Levantamentos do CEPEA mostram que o poder de compra de suinocultores paulistas em relação aos principais insumos utilizados na atividade avança setembro em alta. Segundo pesquisadores do CEPEA, o resultado reflete a valorização do vivo superior à do milho e do farelo de soja.
O movimento de alta do suíno, por sua vez, se deve à boa liquidez da carne e à menor disponibilidade de animais em peso ideal para abate, ainda segundo pesquisas do CEPEA. No mercado de milho, levantamento da Equipe Grãos/CEPEA mostra que os vendedores vêm limitando o volume ofertado, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil.
Em relação ao farelo de soja, também segundo a Equipe Grãos/CEPEA, a ausência de chuvas tem preocupado produtores, visto que pode atrasar o início do plantio da safra 2024/25. Como resultado, os vendedores estão reduzindo a oferta no mercado spot, enquanto consumidores, tanto domésticos quanto internacionais, competem para adquirir novos lotes.