Empresas com escalas prontas até o final do ano são cada vez mais comuns, principalmente em São Paulo. Mesmo frigoríficos que compram somente no mercado spot começam a “fechar” as programações de abate de dezembro. É claro que algumas dessas indústrias estão com nível de ociosidade elevado, o que permitiu esse alongamento das escalas. Mas o fato de estarem com matéria-prima garantida para o abate que foi programado para as próximas duas semanas faz estes agentes ofertarem preços abaixo da referência.
O que chama a atenção é que, mesmo sem necessidade de compra para o curto prazo, as ofertas menores são quase sempre de, no máximo, R$ 1/@ abaixo da referência. Isso mostra como a disponibilidade de boiadas segue pequena e impõe um limite para baixa. Os compradores que precisam de gado para os próximos dias, em São Paulo, por exemplo, ofertam até R$ 150/@, à vista. A venda ruim de carne dificulta pagamentos maiores.
De forma geral, o mercado está muito ajustado e não deixa espaço para grandes movimentos nos preços, tanto para cima quanto para baixo. No mercado atacadista de carne bovina, há preços estáveis, mas com tentativas de repasse por valores maiores.
Fonte: Scot Consultoria