Boi
Pesquisas do CEPEA mostram que o consumo interno de carne continua dando suporte aos preços no atacado e, com isso, frigoríficos retomam a postura compradora, dispostos a elevar os preços pagos por novos lotes de boi gordo. Na maioria das regiões consultadas pelo CEPEA, têm sido captados negócios acima dos preços registrados no final do ano.
No mercado futuro, operadores também vêm ajustando para cima as cotações dos três próximos vencimentos (contratos janeiro/25, fevereiro/25 e março/25). Segundo pesquisadores do CEPEA, a margem obtida com a carne ajuda bem a explicar a disposição dos frigoríficos. A diferença entre o preço pago pela arroba aos pecuaristas (Estado de São Paulo) e o obtido com a venda de 15 quilos da carne com osso, no atacado da Grande São Paulo, se mantém muito atraente, em torno dos R$ 30,00 a arroba. Essa margem é uma das maiores do histórico do CEPEA, ligeiramente abaixo do recorde de dezembro (a média mensal foi R$ 32,17 a arroba).
Suínos
Os preços do suíno vivo iniciam 2025 em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo CEPEA. Segundo o Centro de Pesquisas, esse cenário se deve à baixa demanda característica de janeiro, diante da restrição de renda da população.
Quanto às exportações brasileiras de carne suína, apesar do recuo em dezembro, o setor fechou 2024 com recordes em receita e volume, levando em conta a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Foram 1.33 milhão de toneladas da proteína embarcadas no acumulado do ano passado, 10% a mais que em 2023, segundo dados da Secex, compilados e analisados pelo CEPEA. Em dezembro/24, especificamente, foram exportadas 107.900 toneladas, volume 10,40% inferior ao de novembro/24 e 1,50% abaixo do de dezembro/23.