China mostra interesse por mais fornecedores de carne bovina

Pecuaristas também tendem a aumentar os seus rebanhos direcionados para este mercado – Imagem de chandlervid85 no Freepik

Boi

Diante de recentes habilitações concedidas pela China, o Brasil tem agora 65 abatedouros de bovinos aptos a exportar carne bovina para o país asiático. Segundo pesquisadores do CEPEA, isso evidencia que a China quer mais carne brasileira e, para atender, as empresas vão precisar de mais animais. Motivados pelo potencial aumento da demanda e por preços diferenciados, pecuaristas também tendem a aumentar os seus rebanhos direcionados para este mercado.

No médio ou longo prazo, a produtividade e a qualidade do produto tendem a crescer; alguns recebem mais num primeiro momento, mas logo o que era diferenciado se torna o “padrão”, com deságios para quem não alcança os mesmos resultados. No mercado, em algumas semanas, é possível que haja um aumento da demanda por “Boi China”, inclusive em regiões onde esta segmentação não ocorria por falta de frigoríficos habilitados.

Produtores respondem rápido a estímulo de preço, devendo iniciar e intensificar investimentos para obter animais para abate com idade de até 30 meses. Há de se observar, contudo, que a demanda poderá estar concentrada nas mãos do grande comprador, a China, e essa condição gera um risco de dependência, ainda segundo pesquisadores do CEPEA.

Suínos

O poder de compra de suinocultores paulistas tem caído em relação ao milho, mas aumentado em relação ao farelo de soja, segundo pesquisas do CEPEA. Isso porque, enquanto os preços do suíno vivo posto frigorífico no mercado independente registram leves quedas em março, os do cereal seguem firmes e os do derivado da oleaginosa caem com força.

Segundo pesquisadores do CEPEA, apesar das recentes valorizações do animal, a menor demanda por parte da indústria no início do mês pressionou a cotação média mensal do suíno.

Para o milho, segundo a Equipe Grãos/CEPEA, o baixo volume de estoques e as valorizações externas vêm sustentando os preços em regiões paulistas; já no caso do farelo, consumidores estão se abastecendo aos poucos, fundamentados na possível maior oferta do derivado diante do aumento da demanda pelo óleo de soja.

Fonte: CEPEA
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