O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, em recente comunicado, que aprovou financiamentos para quatro projetos do segmento sucroenergético, no valor total de R$ 592,1 milhões. Os projetos foram aprovados do âmbito das linhas Inova Sustentabilidade e PAISS Agrícola. A maior parte dos recursos foram aprovados nessa última linha, para a Abengoa Bioenergia Agroindústria. A empresa receberá R$ 309,6 milhões para implantar uma unidade de etanol de segunda geração (2G), de acordo com informações do banco.
Conforme informações apuradas pela instituição de fomento, o crédito para a Abengoa possibilitará a instalação da quarta planta de etanol celulósico do Brasil, com capacidade nominal de 64 milhões de litros por safra. O BNDES detalhou que a planta será construída de forma integrada ao processo tradicional de produção de etanol da Usina São Luiz, em Pirassununga, no interior de São Paulo. Cálculos do BNDES indicam que, com mais esse investimento, a capacidade instalada de produção de etanol de segunda geração no Brasil atingirá quase 200 milhões de litros por safra.
A segunda aprovação no âmbito do PAISS Agrícola foi para a Raízen Energia, no valor de R$ 4,5 milhões. Conforme o banco, os recursos servirão para investimentos em técnicas mais ágeis e eficientes de propagação de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar.
Outra aprovação, também de recursos do PAISS, foi para a Biovertis Produção Agrícola, de Barra de São Miguel, Alagoas. A empresa receberá R$ 139,3 milhões. O montante será destinado à realização de investimentos no estabelecimento de um sistema de manejo adequado para “cana-energia”, produto com elevada produtividade e maior concentração de biomassa.
Já no âmbito da linha Inova Sustentabilidade, foi aprovada pela diretoria do BNDES a liberação de crédito à Cerradinho Bioenergia, que poderá contar com R$ 138,8 milhões para investimentos em pesquisa e desenvolvimento relacionados às implantações de um sistema de limpeza a seco de cana-de-açúcar e de um sistema de recepção e separação de fardos de palha de braquiária e de cana na unidade industrial de Chapadão do Céu, em Goiás.
Fonte: Valor Econômico