A Fundação Bill e Melinda Gates está financiando uma campanha global para promover o uso da tecnologia OGM (Organismo Geneticamente Modificado) para “acabar com a fome no mundo”. Nos últimos quatro anos, a instituição já doou um total de US$ 15 milhões especialmente para fomentar a cultura de transgênicos entre pequenos agricultores.
Uma dessas campanhas contratou 400 “embaixadores da Ciência” para influenciar a política agrícola em 35 países, e já recebeu US$ 12 milhões da organização até agora. A chamada “Aliança pela Ciência” foi criada em 2014 com a intenção de “despolarizar” o debate sobre os OGM, tirando o foco do ativismo político por trás da rejeição aos transgênicos.
A segunda iniciativa é chamada “Ceres 2030”, e foi criada em outubro de 2018 (com doação de US$ 3 milhões) para ajudar a Organização das Nações Unidas a alcançar sua meta de “fome zero em 2030”. É destinada a promover a segurança alimentar pela expansão do uso da tecnologia OGM.
Ambas as campanhas estão sediadas na Universidade de Cornell (Ithaca, Nova Iorque, EUA). Os fundos serão usados “para garantir amplo acesso à inovação agrícola, especialmente entre pequenos agricultores de países em desenvolvimento”, indica um comunicado da Cornell University.
“A situação é cada vez mais urgente, com muitos países em momentos críticos para determinar se a ciência das plantas pode ajudar a oferecer segurança alimentar e reduzir os danos ambientais causados pela agricultura. Devemos ter certeza de que as soluções baseadas na ciência não passem por alto os pobres”, disse Sarah Evanega, diretora da Cornell Alliance for Science.
Agrolink