As exportações brasileiras de café para o continente asiático, no período de janeiro a abril de 2019, foram de 2.52 milhões de sacas de café de 60 kg, volume que representa um aumento de 29,9% em relação às exportações do mesmo período do ano passado.
Com participação de 19,3% do total das exportações brasileiras de café no período, o continente asiático gerou uma receita cambial de US$ 342.3 milhões, atingindo a terceira colocação dos continentes com maior volume de importação, precedido do segundo, América do Norte, com 21,6% de participação nas exportações, totalizando 2.83 milhões de sacas de 60 kg e US$ 371.9 milhões de receita cambial.
O principal destino das exportações dos Cafés do Brasil continua sendo o continente europeu, responsável por 52,9% do volume exportado, com 6.93 milhões de sacas e receita cambial de US$ 884 milhões nos primeiros quatro meses de 2019.
Em relação ao continente asiático, vale destacar que o Japão, principal país importador da região, registrou um crescimento expressivo de 37,04% na compra dos Cafés do Brasil, em comparação com o mesmo quadrimestre do ano anterior.
Se considerado o mesmo período, ora em destaque, de janeiro a abril de 2019, verifica-se ainda que os cafés diferenciados do Brasil – aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis – atingiram a marca de 2.5 milhões de sacas de 60 kg exportadas, que representam 19,5% do volume total de café embarcado no ano e constituem um expressivo crescimento de 43,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita cambial, neste caso, foi de US$ 416 milhões, participando com 24,6% do valor total da exportação de café nos primeiros quatro meses de 2019. Os principais destinos dos cafés diferenciados brasileiros foram os EUA, que importaram 580.000 sacas (22,7% do volume total de café especial embarcado no ano-civil), seguido pela Alemanha com 351.000 sacas (13,8%), e pelo Japão com 349.000 sacas (13,7%).
Em relação ao total das exportações, exclusivamente no mês de abril, o Brasil vendeu ao exterior 2.9 milhões de sacas de café de 60 kg, somando café verde, solúvel e torrado e moído, representando crescimento de 25% do volume exportado em relação ao mesmo mês do ano passado.
A propósito do considerável aumento desse volume físico das exportações, a receita cambial teve crescimento de apenas 1%, a qual atingiu US$ 370.43 milhões em abril deste ano, com preço médio de US$ 124,47/saca. Esse aumento inexpressivo da receita cambial foi decorrente de uma queda de 19% verificada no preço do café, em comparação com abril do ano passado.
Os dados que permitiram realizar esta análise constam do relatório mensal de abril 2019, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que apresenta o desempenho das exportações dos Cafés do Brasil e está disponível na íntegra no Observatório do Café, coordenado pela Embrapa Café.
Ainda segundo dados do relatório, se for estabelecido um ranking das exportações para os principais destinos, no período de janeiro a abril deste ano, verifica-se que os EUA figuram em primeiro lugar nas exportações, com 18,4%; em segundo vem a Alemanha, com 16,89%; a Itália, em terceiro (9,90%); o Japão, em quarto (7,70%); a Bélgica, em quinto (5,60%); a Turquia, em sexto (3,3%); o Reino Unido, em sétimo (3%); a Rússia, em oitavo (2,50%); a França, em nono (2,30%) e o Canadá, em décimo (2,30%).
Outro ponto que vale a pena destacar do relatório mensal é o fato de que as exportações dos Cafés do Brasil sinalizam a possibilidade de recorde histórico no ano-safra 2018/2019, o qual compreende o período de julho de 2018 a junho 2019, tendo em vista que o Brasil exportou, de julho de 2018 até abril de 2019, em torno de 34 milhões de sacas de 60 kg, e que ainda faltam os meses de maio e junho para completar o ano-safra.
Acesse aqui o site do Observatório do Café para ler na íntegra o relatório mensal abril de 2019.
Embrapa Café