As usinas campeãs na co-geração

Nos primeiros quatro meses de 2023, a sucroenergéticas geraram, a partir da biomassa da cana-de-açúcar, 28,7% mais energia elétrica do que no mesmo período de 2022. A oferta de eletricidade destinada para a rede nessa modalidade foi de 1,86 terawatts-hora, segundo levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). Os números são os mesmos coletados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

“Essa geração renovável é equivalente para atender ao consumo anual de energia elétrica de quase três milhões de pessoas, ou 8% da geração térmica a gás no país em 2022”, compara o gerente de bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza.

Por outro lado, é preciso considerar que o ano de 2022 não foi particularmente favorável à geração de energia a partir da biomassa. No total, foram exportados 18,4 terawatts-hora, uma retração de 8,9% no comparativo com os 20,2 terawatts-hora de 2021, conforme dados da CCEE.

O valor também representa a segunda redução anual consecutiva em cogeração a partir da biomassa da cana. Além disso, apesar do aumento na moagem entre 2021/22 e 2022/23, o fato não necessariamente refletiu em incremento de geração de energia.

Os números também reforçam uma lógica de inversão do padrão ocorrido entre 2013 – início da série história da CCEE – e 2020, em que o volume cogerado incrementava ano a ano. Em 2022, inclusive, o valor foi inferior aos 18,9 terawatts-hora de 2014, atingindo uma mínima histórica de nove anos.

O número de usinas que fizeram cogeração, por sua vez, manteve-se em 198, mesma quantidade de 2021.

Confira, no texto exclusivo aos assinantes do NovaCana, o ranking interativo com as 100 usinas que mais produziram energia em 2022, além da listagem por grupos e de um infográfico com o panorama da cogeração no país.

Fonte: NovaCana
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