O arroz geneticamente modificado (GM) é tão seguro e nutritivo quanto sua versão não-transgênica. Essa é a conclusão de pesquisadores da Universidade Agrícola da China, liderados pelo Dr. Huan Song. Os resultados foram publicados em novembro de 2014 na revista científica Transgenic Research.
A variedade analisada é resistente a insetos (Bt) e expressa a proteína cry1Ab, que confere à planta proteção contra pragas da ordem das lepidópteras. Durante 90 dias, ratos foram alimentados com dietas formuladas por diferentes concentrações de arroz Bt, e os resultados das análises desses animais comparados com os de roedores que se alimentaram de arroz convencional.
Não havia diferença significativa no estado geral de saúde, peso e parâmetros bioquímicos dos ratos do grupo tratado e do controle. Não foi observado nenhum efeito tóxico relacionado à alimentação no grupo em que o experimento foi feito.
As proteínas inseticidas produzidas pela bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) já foram extensivamente testadas e apresentam histórico de uso seguro de mais 40 anos, iniciado com a utilização de esporos de Bt em formulações microbianas usadas no controle de pragas. Por meio da transgenia, plantas foram transformadas para expressarem essas proteínas.
Ao se alimentarem das folhas das variedades geneticamente modificadas (GM), as lagartas-alvo dessa tecnologia ingerem as proteínas inseticidas que se ligam a receptores específicos no tubo digestivo dos insetos, provocando a morte dos mesmos. Os mamíferos, inclusive os seres humanos, são desprovidos desses receptores, assim como peixes, aves e outros organismos não-alvo, e, portanto, não são suscetíveis aos efeitos da proteína.
Fonte: Agrolink