Arnaldo Jardim destaca valor da suplementação mineral durante posse de diretoria da Asbram

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Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura de São Paulo, lembrou que os insumos garantem lucratividade e são grandes aliados no ganho de peso dos animais de corte. Foto: João Luiz/SAA

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, destacou a importância do setor de suplementação mineral para a pecuária durante a posse da nova diretoria da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), no último dia 16 de fevereiro, em São Paulo. O titular da pasta lembrou do aumento na lucratividade trazido pelos insumos, grandes aliados no ganho de peso dos animais de corte.

Com 64 empresas associadas e fundada em 1997, a associação representa 51% do share de mercado deste tipo de produto, valioso para o homem do campo por suprir a carência de minerais importantes para o aumento de peso do gado. O setor é o responsável por levar tecnologia para o cocho de sal para elevar a produtividade do pecuarista, que consequentemente diminui os custos de sua produção.

Durante a cerimônia que empossou Nelson Lopes como presidente para o biênio 2016/2017, o secretário agradeceu os envolvidos nesse elo da cadeia produtiva, ressaltando que “foi um setor que se manteve dinâmico, sempre buscando novas oportunidades e oferecendo novos produtos com muito mais eficácia. Esse aumento de produtividade se alinha com a Secretaria, que orientada pelo governador Geraldo Alckmin sempre foca no ganho para o produtor rural”.

De acordo com a Asbram, em 2015 foram produzidos no Brasil 2.689.123,03 quilos de suplementos minerais pelas 258 empresas do ramo em atuação no País. Produtos importantes para o rebanho por suprirem uma carência nutricional que pode causar prejuízos e males como redução de apetite, anomalias dos ossos e do couro e diminuição em fatores como fertilidade e crescimento.

O novo presidente da Asbram, Nelson Lopes ( à direita ), ao lado de Francisco Jardim, superintendente do MAPA em São Paulo. Foto: João Luiz/SAA

Para o presidente da entidade, “o segmento significa tecnificação. Toda vez que você vê alguém suplementando, é sinal de que está tecnificando. Está produzindo mais carne em menos tempo. Nós representamos o avanço, significamos tecnologia”. Nelson Lopes enumerou que apenas um terço do mercado é suplementado, mesmo com o solo brasileiro sendo carente de componentes importantes como o fósforo, por exemplo.

Um grande mercado ainda a ser explorado por essas empresas, significando muitos rebanhos que podem ter sua carne ainda mais macia. Essa qualidade é cada vez mais necessária com a crescente exigência do mercado consumidor, tanto interno quanto mundial, por cortes diferenciados e pecuaristas que respeitem a natureza em sua produção. E precisa ser apoiada em uma indústria de base forte e competente para atender a demanda, oferecer produtos seguros para o manejo e saudabilidade para a carne.

Superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em São Paulo, Francisco Sérgio Ferreira Jardim lembrou do descobrimento do Brasil para destacar a importância da suplementação. “Pero Vaz de Caminha, quando escreveu a carta do descobrimento, disse que aqui se plantando tudo dá. Mas aqui tem que se calcarear, temos que adubar, nós estamos no trópico. E a nutrição é estratégica. Quando você vê um animal de excelência, pode saber que ali tem suplementação”.

Desafio

A posse da nova diretoria da Asbram contou também com palestra sobre o desafio de o setor se comunicar com a população em geral. Especialista em marketing, Neivia Justa apontou a necessidade de o agronegócio dar sua versão dos fatos para equilibrar informações sobre a produção agropecuária que muitas vezes são inflamadas de paixão, parciais.

“Tem uma história sensacional por trás disso que ninguém está contando. Essa informação ainda é invisível. Tem muito para comunicar sobre o setor que mais tem estabilidade no País hoje. Vamos falar, tirar o estigma, esclarecer as pessoas”, pediu a palestrante.

São informações que podem desmitificar opiniões como a de que a agricultura é vilã do meio ambiente, que desperdiça água, desmata o Brasil. Arnaldo Jardim exemplificou que é possível a união entre preservação e produção. Ele citou iniciativas como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e o Programa Estadual de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC).

“Nós temos perdido a batalha da informação. Há uma demonização da ciência e da pesquisa. Eu acho que nós temos que comprar esse debate. Mas não é fácil em um momento em que a paixão e a simplificação prevalecem. Por isso tudo nós precisamos repensar as formas de parceria entre o poder público e a iniciativa privada. Precisamos ter uma articulação de entidades como as que estão aqui representadas”, concluiu o secretário.

 

Fonte: Ascom/ Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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