Buenos Aires é a província responsável pela maior produção de soja da Argentina e pela segunda maior produção de milho; por isso, a forte seca que ela sofre neste momento em suas parcelas norte e central significa um grande risco para as projeções de colheita 2017/18.
O Guia Estratégico para o Agronegócio (GEA) da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) indicou que a zona está em uma situação na qual há muitas dúvidas em torno de seus números: entre novembro e dezembro choveu menos de 30% do normal para esta época, o que, em prática, significa um déficit de 100 mm no aporte hídrico.
Segundo o GEA, o epicentro da falta de água se encontra entre Saladillo, 9 de Julio e Alberti. “Nesta área, boa parte dos lotes de milho precoce perderam a espiga e, aqueles que ainda a mantêm, notam perdas significativas na quantidade de grãos. Começam a ser estimadas perdas que superam os 50% em uma área na qual é comum se obter 10.000 kg por hectare”, disse o boletim.
Neste momento, 70% das lavouras do milho no norte de Buenos Aires estão em condições de regulares a ruins, enquanto no centro da província as plantas não passam de um metro de altura, os lotes estão irregulares e há evidentes falhas na polinização.
Soja
No caso da soja, aquelas que foram plantadas em segunda etapa também podem se ver frente a esses resultados se não houver uma recomposição significativa de água.
Cerca de 12% das lavouras estão em condições de regulares a ruins e o norte de Buenos Aires é a áreas mais castigada, já que as altas temperaturas e a falta de água estão provocando o aborto massivo de flores nas lavouras de soja. Também há relatos de folhas queimadas.
Agrovoz