Com o objetivo de verificar se a biotecnologia oferecida no Brasil ainda é eficiente contra insetos e pragas, a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) pede a instauração da obrigatoriedade da “área de refúgio” no País. Em nota técnica aprovada em assembleia geral extraordinária a entidade sugere a elaboração de uma Instrução Normativa para regulamentar a prática.
“Participamos de vários fóruns de discussão com os maiores pesquisadores de biotecnologia e de resistência a insetos. Analisamos questões técnicas, comerciais, ambientais, agronômicas. Esta nota técnica expressa a visão consensual dos produtores de soja e milho de Mato Grosso”, comenta o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk.
A obrigatoriedade da adoção de refúgio em todas lavouras que utilizam cultivares geneticamente modificadas deveria ser estipulada de acordo com a área ou percentual recomendado pelas empresas de biotecnologia. Para isso, a nota técnica propõe que as empresas apresentem formalmente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) os protocolos de pesquisa e experimentação de cada tecnologia comercializada.
A Aprosoja-MT propõe também a “criação de um grupo técnico-científico para acompanhar os eventos de resistência a insetos e pragas. Sua principal missão deve ser o monitoramento da eficiência de cada tecnologia em campo. Caso seja comprovada a quebra de resistência, a Aprosoja-MT sugere a suspensão da cobrança de royalties pela tecnologia e a retirada total da mesma do mercado. A associação requer ainda que as empresas comercializem sementes de cultivares não portadoras do gene de resistência a insetos em proporção e volume suficiente para a composição do refúgio”.
Fonte: Agrolink