As exportações de café pelo Brasil caíram fortemente em julho, mas devem retomar os “níveis normais” até setembro, “pois o resultado da colheita está entrando, ainda que lentamente, no mercado”, segundo o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Em nota, Nelson Carvalhaes explicou que “os estoques de passagem estavam em níveis reduzidos” e que “a nova safra entrou em velocidade reduzida, enfraquecendo a oferta”, o que se refletiu sobre o desempenho dos embarques no mês passado.
Segundo os dados mensais do Cecafé, as exportações de café verde pelo Brasil em julho somaram 1.515 milhão de sacas de 60 quilos, queda de 8,1% em relação as 1.649 milhão de sacas exportadas em igual mês de 2016.
As exportações de café arábica em julho totalizaram 1.498 milhão de sacas, queda de 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as de robusta somaram 16.350 sacas, redução de 57,3%.
Os dados do Cecafé são inferiores aos reportados pela Secretaria de Comércio Exterior no dia 1° de agosto. Segundo a Secex, o Brasil embarcou em julho 1.6 milhão de sacas do produto, o menor volume em pouco mais de dez anos.
Procurado pela Reuters, o Cecafé não informou imediatamente sobre desde quando o volume exportado em julho é o mais baixo.
No total, considerando-se cafés verde e industrializado (torrado e moído e solúvel), o Brasil exportou no mês passado 1.751 milhão de sacas de café (queda de 11% em relação ao ano anterior), com receita cambial de US$ 283.40 milhões de dólares (recuo de 7,3%).
No acumulado de 2017, o País já exportou 16.78 milhões de sacas, queda de 8% na comparação com o mesmo período do ano passado, com receita cambial, no entanto, 7,2% maior, de US$ 2.89 bilhões.
Os Estados Unidos mantiveram-se como principal destino do café brasileiro, seguidos de Alemanha, Itália, Japão e Bélgica.
Fonte: Reuters
