Após quatro sessões em alta, soja fecha em baixa em movimento de realização de lucros

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa, em um movimento de realização de lucros. Os principais vencimentos registraram quedas de 5,25 a 5,75 centavos. O março/19 fechou cotado a US$ 9,18 ½ e o maio/19 a US$ 9,31 ¾ o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em leve baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ US$ 0,20 a US$ 0,60. O março/19 fechou cotado a US$ 321,60 e o maio/19 a US$ 325,10 a tonelada curta.

Os principais vencimentos recuaram depois de quatro sessões consecutivas de altas. Tecnicamente, o vencimento março/19 tem uma forte resistência à US$ 9,41 e o maio/19 a US$ 9,53.

Desde o início de 2019, o mercado vêm especulando sobre a nova safra do Brasil, ao mesmo tempo em que mantém seu foco nas relações entre China e Estados Unidos.

“Fontes chinesas da ARC já nos informaram que discussões iniciais entre os representantes de cada Governo apresentam sinais de que ambos os lados pretendem achar um consenso para o fim da Guerra Comercial”, diz o boletim da ARC MERCOSUL.

Ao mesmo tempo, o mercado especula sobre todas as questões ao redor da nova safra brasileira. Em função do clima adverso, as perdas continuam se intensificando e chamando a atenção dos participantes em Chicago. As situações mais graves ainda são as do Paraná e do Mato Grosso do Sul.

No entanto, o quadro se agrava no Centro-Oeste e no Matopiba e também começam a ganhar mais espaço entre as notícias no cenário internacional.

Segundo a ARC MERCOSUL, os próximos 10 dias serão de padrão mais seco em todo o Centro-Leste do Brasil, com as chuvas mais concentradas no Sul do país, bem como na região Amazônica. Os acumulados totais, entre 7 e 12 de janeiro, deverão ficar entre 25 e 50 mm.

Nesse ambiente, a consultoria já estima uma queda de 5 milhões de toneladas na safra 2018/19 do Brasil, com a possibilidade de serem colhidas, portanto, 116.8 milhões de toneladas. Nossa equipe de análise lembra que a probabilidade de uma nova redução é alta, uma vez que os mapas climáticos para janeiro trazem uma retração das chuvas no Centro do país, dizem os especialistas.

Colheita da safra brasileira

A colheita de soja da safra 2018/19 no Paraná, o segundo maior produtor brasileiro da oleaginosa, alcançou 5% da área até a véspera, informou nesta terça-feira o Departamento de Economia Rural (DERAL), alertando para uma piora nas condições das lavouras.

Segundo o órgão ligado à Secretaria de Agricultura, 12% das lavouras de soja no Estado apresentavam condições “ruins”. O dado foi divulgado na esteira de uma estiagem em áreas produtoras nas últimas semanas.

Milho fecha em queda na CBOT

Os contratos futuros do milho na CBOT  voltaram a fechar em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 1,75 a 2,25 centavos. O março/19 fechou cotado a US$ 3,80 e o maio/19 a US$ 3,88 o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 1 a 2 centavos. O março/19 fechou cotado a US$ 5,17 ¾ e o maio/19 a US$ 5,23 ½ o bushel.

Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os preços do milho vinham registrando ganhos modestos tentando se livrar da pequena reversão de segunda-feira em relação às altas de duas semanas. Apesar disso, as estimativas dos analistas em média projetaram produções mais baixas e estoques finais nos Estados Unidos. Ainda é cedo para começar a cortar a expectativa de produção no Brasil, já que o plantio da segunda safra está apenas começando após um mês seco em dezembro.

Mercado Interno

Já o mercado interno permaneceu estável na maioria das praças. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, apenas nas cidades de Porto Paranaguá/PR e São Gabriel do Oeste/MS a saca registrou valorizações de 2,24% e 1,08%, cotada a R$ 36,50 e R$ 28,00, respectivamente.

Segundo a XP Investimentos, ao menos por enquanto, os preços do milho parecem ter pedido a volatilidade da primeira semana de 2019. Enquanto compradores repuseram parte dos estoques consumidos durante o período de festas, produtores locais permanecem fora das vendas. As movimentações ficam por conta dos Intermediários e Silos, que tentam elevar as pedidas pelo milho diferido. O movimento, porém, tem pouca força, visto que o milho tributado (MS e MG) reaparece nas praças paulistas.

Quanto ao início da colheita da safra de verão, agentes dividem suas opiniões para com o direcional de preços (aumento de disponibilidade VS seca na região Sul e Centro Oeste e inflação dos fretes). Nos portos, tradings seguem com postura de pagar prêmios maiores para originar o milho e virar as atenções, o mais rápido possível, para os embarques de soja. Apesar do avanço dos prêmios, a baixa do dólar, por outro lado, tem equalizado.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp