“Os chineses foram receptivos e ficaram de analisar as propostas apresentadas pelo Brasil para a abertura de mercado para proteínas, frutas, grãos e lácteos”, afirmou a ministra da da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, em seu último dia da missão asiática na China.
“Foi muito bom. A gente sai daqui levando na bagagem o interesse dos chineses nos produtos brasileiros, não só nas proteínas animais, que hoje são uma grande oportunidade para o País,” disse.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) compõe a delegação brasileira que acompanha Tereza Cristina na missão. Segundo o diretor de Relações Internacionais da entidade, Gedeão Pereira, “a ministra foi muito clara e nesse momento nos deixa bastante otimistas com o futuro, porque a China precisa do Brasil para se levantar e o Brasil precisa da China para vender seus produtos”.
Nesta quinta-feira (16/5), Tereza Cristina se reuniu com o ministro Ni Yuefeng, da Administração Geral de Aduanas da China, e na ocasião ficaram estabelecidos prazos para análise dos formulários entregues pelo Brasil para a habilitação das 78 plantas frigoríficas que pretendem exportar carne bovina, suína e de aves para os chineses.
“Temos muito mais gente no Brasil que pode se habilitar e querer participar desse mercado que hoje está aí tão ansioso, precisando de proteína para baixar o preço no país. Enfim, para suprir esse vácuo do mercado que vai ficar com o problema da peste suína africana”, ressaltou Tereza Cristina.
Soja
Além das proteínas, os chineses ficaram interessados no farelo de soja e planejam fazer uma visita de inspeção ao Brasil no segundo semestre. “Tudo foi colocado na mesa e vai ter prazo para acontecer. Eu saio daqui com bastante esperança de que essas decisões e os bons resultados virão agora ao longo desses dois ou três próximos meses”, afirmou a ministra.
Para o vice-presidente da CNA, Muni Lourenço, a Confederação cumpriu seu papel ao representar os produtores rurais brasileiros na missão e acompanhar de perto as negociações em nome do setor privado.
“Conseguimos avanços importantes juntos ao governo chinês para que tenhamos uma previsibilidade e uma segurança para o empreendedor brasileiro com vistas ao mercado chinês. A China é uma grande potência econômica mundial e o maior parceiro do agronegócio brasileiro”, disse Lourenço.
A missão segue para o Vietnã e depois para a Indonésia, com agendas no Ministério da Agricultura dos dois países, e retorna ao Brasil na próxima segunda-feira (20/5), à noite.
Agência Safras