Ao longo do 1º semestre de 2020, milho deve alcançar preços recordes e soja deverá se consolidar a R$ 90,00

Após o mercado na CBOT cair na última sexta-feira, devido ao ataque dos Estados Unidos que matou o comandante iraniano Qasem Soleimani, nesta segunda-feira (06) registrou leve reação.

Para Carlos Cogo, analista da Cogo Inteligência em Agronegócio, tanto a demanda interna quanto a externa deverão manter os preços da soja na base de R$ 90,00 ao longo do 1º semestre. Nem mesmo a assinatura da fase 1 do acordo entre Estados Unidos e China deve abalar esse patamar, já que outros fatores irão contrapor uma possível migração da demanda chinesa para o mercado americano.

Cogo cita que a porcentagem de soja no biodiesel e a exportação de produtos de alto valor agregado, como é o caso das proteínas animais, irão auxiliar na manutenção de preços remuneradores para a soja no Brasil. Além disso, com os estoques de passagem baixos, até mesmo uma safra recorde não refletiria em grandes quedas de preços.

Para o milho, que nesta segunda-feira foi negociado em leve queda, o cenário também deve ser altista. Com a estiagem no Rio Grande do Sul, principal produtor do milho verão, a 1ª safra brasileira do grão já se encontra comprometida. Já para o milho de segunda safra, que deverá ser plantada fora da janela ideal, há muitas variáveis ainda a serem consideradas com relação à produção brasileira.

De qualquer forma, com os estoques também baixos devido ao alto volume de exportação em 2019, as negociações de milho serão apertadas em todo o primeiro semestre, o que deve garantir valores acima de R$ 50,00 com possibilidade de testar os R$ 60,00 recorde para o grão.

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