A forte valorização do dólar na quinta-feira (18), em virtude das incertezas no âmbito político, tornou o arroz brasileiro competitivo nas exportações e encareceu as aquisições internacionais. “O mercado ainda se ajustará a esta nova realidade e tende a ficar volátil”, pondera o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento.
“Mantida atual situação, as cotações domésticas tendem a se ajustar para cima”, prevê Bento. Com os números de fechamento de Chicago e câmbio, o arroz norte-americano encerrou cotado na quinta-feira (18) a R$ 40,64 (contrato spot). “Pela primeira vez desde 24 de maio de 2016, o produto norte-americano foi cotado acima da média do Rio Grande do Sul”, lembra.
Conforme o analista, esses preços viabilizam as vendas externas brasileiras. “Resta saber se haverá logística para isso, em virtude dos embarques de soja que também podem acelerar com a depreciação do real”, disse.
Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca do grão em casca era cotada a R$ 38,96 no dia 18, ante R$ 39,11 no dia 11. Frente a igual período do mês passado, quando valia R$ 38,81, acumulava ganho de 0,39%. Ante o mesmo período de 2016, a retração era de 6,41%, quando valia R$ 41,63 por saca.
Segundo a equipe de política setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o estado tinha 99,4% da área destinada ao cereal na safra 2016/17 colhida até o dia 18 de maio. Foram colhidos 1.099.948 hectares. A produtividade média está estimada em 7.946 quilos por hectare, frente a 7.968 por hectare. Na semana anterior, o percentual colhido era de 98,9%.
Na Fronteira Oeste, o percentual colhido era de 99,8%; na Campanha, 99,8%; da Depressão Central, 98%; na Planície Costeira Interna, 99,7%; na Planície Costeira Externa, 100%; e na Zona Sul, 98,8%.
Fonte: Agência Safras