O plantio de soja no Brasil alcançou até a última quinta-feira, 46% da área estimada para a safra 2019/20, segundo informação da consultoria AgRural. O percentual representa avanço de 11% na semana e supera a média de cinco anos de 43% de área plantada no mesmo período. No entanto, ainda registra um atraso na comparação com igual período do ano passado, de acordo com o levantamento semanal da AgRural.
Novamente, segundo a consultoria, Mato Grosso foi o destaque da semana com a aceleração do plantio. A semeadura do estado passou de 72% para 84% da área estimada. No Paraná, o plantio alcançou 60% de área estimada até quinta-feira, com avanço de 14% na semana, impulsionado pelo aumento da umidade.
“Quem inspira cuidado agora é Mato Grosso do Sul”, indica a AgRural. Apesar do avanço expressivo do plantio, atingindo a 58% da área contra 29% da semana anterior, o estado tem recebido pouca chuva. “Além da necessidade de replantio de algumas áreas, os produtores se preocupam com a janela de plantio da segunda safra de milho”, ressalta a consultoria.
Segundo a AgRural, caso as chuvas previstas para esta semana se confirmem, o plantio da soja no sul do estado terminará durante a primeira quinzena de novembro, o que permitirá que o plantio do milho seja concluído dentro da janela para a região, que vai até meados de março.
“Mas o ideal seria plantar antes do final de fevereiro para evitar que a produtividade da safrinha fique mais suscetível à redução das chuvas e a eventuais geadas a partir de maio”, informa a consultoria.
Em Goiás, Minas Gerais e São Paulo, as chuvas irregulares atrasam os trabalhos de campo, enquanto no Rio Grande do Sul o plantio está mais lento por causa da alta umidade do solo. No Matopiba (região que compreende parcialmente os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e o oeste da Bahia), o plantio ainda está restrito às lavouras onde já choveu, com a região apresentando irregularidade nas precipitações.
A AgRural estima que o Brasil deve plantar 36.4 milhões de hectares na safra 2019/20, ou seja, 1,30% a mais que na temporada anterior. A produção está avaliada em 121 milhões de toneladas, recorde de colheita. Os números da consultoria serão revisados ainda nesta primeira quinzena de novembro.
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