Com valor recorde, as vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio totalizaram US$ 15.24 bilhões em abril de 2024, um valor 3,90% superior na comparação com os US$ 14.67 bilhões exportados no mesmo mês de 2023. Esse resultado correspondeu a 49,30% das exportações totais do Brasil.
O saldo de abril foi fortemente influenciado pelo aumento do volume embarcado, que subiu 17,10%. Em relação aos preços médios dos produtos da agropecuária, houve uma queda de 11,30%, impossibilitando o registro de uma recita ainda mais expressiva nas exportações.
As exportações brasileiras de grãos totalizaram um volume próximo das 18.5 milhões de toneladas em abril de 2024, que corresponde a uma expansão de 6,70% em comparação com as 17.3 milhões de toneladas exportadas no mês de abril de 2023.
Produtos brasileiros
Segundo os dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, açúcar de cana, carne bovina in natura, café, algodão não cardado nem penteado e celulose foram os produtos que mais contribuíram para o aumento das exportações no mês.
Destaque por ter o maior valor exportado dentre todos os produtos do agronegócio brasileiro, a soja em grão respondeu pela maior parcela das exportações do setor. O volume exportado totalizou 14.70 milhões de toneladas, aumento de 362.400 toneladas na comparação com a quantidade embarcada em abril de 2023. O volume é o terceiro maior já registrado para um mês em toda a série histórica.
A China é o principal importador da oleaginosa brasileira, tendo adquirido praticamente 10 milhões de toneladas ou o correspondente a US$ 4.29 bilhões.
Já as exportações de carnes brasileiras totalizaram US$ 2.21 bilhões em abril de 2024, um aumento de 27,50% em relação às exportações de abril de 2023. A receita das vendas externas de carne bovina foi de US$ 1.04 bilhão (+ 69,20%), com forte aumento do volume exportado, que passou de 133.400 toneladas para 236.770 toneladas no período em análise (+ 77,50%). Este volume é recorde para os meses de abril. Um dos principais motivos para o aumento da quantidade exportada está no aumento da demanda chinesa por carne bovina in natura brasileira.
Outro destaque é o complexo sucroalcooleiro, que continua registrando recordes de exportação. Em nenhum mês de abril da série histórica as exportações do setor tinham ultrapassado a cifra de US$ 1 bilhão.
Nesse mês de abril de 2024, as vendas externas do complexo sucroalcooleiro totalizaram US$ 1.07 bilhão, número que significou um aumento de 77,60% na comparação com os US$ 600.07 milhões exportados em abril de 2023. O crescimento foi obtido em função das exportações de açúcar, que quase dobraram em volume (+ 94,70%), na comparação entre abril de 2023 e 2024.
Exportações de janeiro a abril (1º quadrimestre)
No 1º quadrimestre de 2024 as exportações brasileiras do agronegócio registraram o valor recorde de US$ 52.39 bilhões, o que representou um aumento de 3,70% em relação aos US$ 50.52 bilhões exportados no mesmo período do ano anterior. O aumento na quantidade embarcada é o fator que explica o crescimento da receita, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,80%, enquanto o índice de preço caiu 9,60%.
Os principais produtos que explicam o crescimento das exportações no acumulado do ano de 2024 foram: açúcar de cana em bruto (US$ 2.41 bilhões); algodão não cardado e não penteado (US$ 1.36 bilhão); café verde (US$ 958.32 milhões); carne bovina in natura (US$ 814.62 milhões) e açúcar refinado (US$ 589.73 milhões). A soma do aumento das vendas externas desses cinco produtos mencionados foi de US$ 6.13 bilhões, enquanto o crescimento das exportações totais foi de US$ 1.87 bilhão.
Acumulado doze meses (maio de 2023 a abril de 2024)
Entre maio de 2023 e abril de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram um montante de US$ 168.36 bilhões, o que representou uma expansão de 4,70% em comparação os US$ 160.86 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores.
Dessa forma, os produtos do agronegócio brasileiro representaram 49,30% das exportações brasileiras no período, 1,30% a mais do que a participação do agronegócio nas vendas externas entre janeiro e novembro de 2022.
