O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) subiu 2,50% em setembro deste ano em relação ao mesmo mês de 2022. O aumento de 5,80% do grupo de alimentos e bebidas puxou o aumento do indicador geral do mês, quando o segmento de não-alimentícios recuou 1,30%, segundo o relatório.
Com o resultado positivo em setembro, a produção agroindustrial, que acumulava uma queda de 0,40% neste ano, agora registra uma retração de 0,10% em 2023. “Caso, no próximo mês, a produção agroindustrial cresça mais de 0,71% na relação interanual, o setor já conseguirá sair do campo negativo”, indicou o FGV Agro no estudo.
A contração do indicador neste ano é decorrência do fraco desempenho do segmento de produtos não-alimentícios, que acumula até setembro, uma queda de 4%. No entanto, esse subgrupo vem reduzindo as suas perdas ao longo do ano, destacam os pesquisadores do FGV Agro. Em agosto, a queda acumulada era de 4,40%.
“Não vai dar tempo de esse segmento operar no campo positivo no acumulado do ano”, disse o economista Felippe Serigati, pesquisador do FGV Agro. Segundo ele, a maioria dos produtos não-alimentícios enfrentou problemas neste ano, quando apenas os biocombustíveis tiveram desempenho positivo.
Já o segmento de produtos alimentícios e bebidas registra um aumento acumulado de 3,10% neste ano, refletindo também uma melhora no quadro com o passar dos meses. Nesse grupo, se destacam os alimentos, com alta de 3,90%. A indústria de bebidas, por outro lado, já recuou 0,90%.
Na nova edição do relatório, o Centro de Estudos atualizou as suas estimativas dos meses anteriores para acompanhar os ajustes recentes que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez nos dados que servem de base para o relatório do FGV Agro.
