Agricultura foi o setor que mais cresceu em julho, segundo levantamento

O Brasil gerou mais de 41 mil postos de trabalho em julho, segundo dados do último levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego. Apesar de o número ser o menor desde 2003, alguns setores cresceram muito, entre eles o da agricultura (18 mil vagas).

A maioria das vagas está no interior de São Paulo, que é o maior estado produtor de laranja do país. Apesar dos números estarem bastante relcionados ao período de colheita – que começou em julho – as perspectivas são boas também para os próximos meses.

Para quem trabalha direto com a colheita, aumentou o valor da diária nas principais fazendas. Em algumas, o agricultor chega a receber mensalmente R$ 2.500. Há fazendas que contrataram, em um mês, 20 pessoas.

As oportunidades não são só para quem produz laranja. Hoje, em apenas uma das principais agências de recrutamento do Brasil, são 900 vagas abertas. Os cargos que mais se destacam são para técnico agrícola e engenheiro agrônomo.

Em segundo lugar ficou o setor de serviços. Foram geradas mais de onze mil vagas. A região Nordeste foi a segunda que mais cresceu, perdendo só para o Sudeste.

Um dos destaques foi para os profissionais que trabalham no atendimento aos turistas. Uma barraca de praia em Fortaleza, por exemplo, tem 40 vagas abertas para garçons. A barraca pretende contratar mais 140 funcionários para os próximos meses.

“Desde supervisor de área, supervisor de manutenção, garçom, auxiliar, guarda-vidas. E são vagas definitivas. Não são vagas para serem adquiridas agora e depois a gente descartar o pessoal”, explica Fabiano Venâncio, gerente da barraca.

Ainda no setor de serviços, os novos empreendimentos lançados no mercado criaram quase seis mil postos de trabalho na área de comércio e administração de imóveis. “As imobiliárias tiveram que contratar mais corretores, porque de um lado nós tínhamos uma oferta muito boa destes empreendimentos, por outro houve um crescimento da classe c, do poder aquisitivo e a demanda também aumentou”, comenta Apollo Scherer, presidente do Crecice.

A indústria de transformação foi o terceiro setor em criação de vagas (7.164), e muitas foram para a produção de alimentos. “É uma ótima área pra conseguir emprego, sem contar que hoje em dia a panificação está muito em alta”, comenta Cleane Carvalho Oliveira, estudante.

A perspectiva é que estes setores continuem crescendo. “No final de ano, o comércio puxa a indústria, começam as contratações em lojas de shoppings, de departamento, é o período de contratos temporários”, avalia Gilvan Mendes, diretor do Cineidt.

Fonte: Jornal Hoje

 

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