As exportações de açúcar do Brasil deverão atingir um recorde de 32.02 milhões de toneladas em 2020/21, aumento de 66% em relação ao ano anterior, estimou nesta terça-feira o adido do USDA no País.
Segundo relatório do representante norte-americano no Brasil, o aumento se deve ao grande excedente exportável de açúcar no País e à demanda estável de países importadores pelo adoçante brasileiro. Em 2019/20, os embarques foram estimados em 19.28 milhões de toneladas.
“Apesar da pandemia da Covid-19 e dos obstáculos logísticos nos portos, incluindo longas esperas para carregamento, a desvalorização significativa do real frente ao dólar manteve o produto brasileiro altamente competitivo”, indicou o adido, que espera que o açúcar bruto represente 25.62 milhões de toneladas do volume embarcado na nova temporada.
Além disso, o representante dos EUA revisou para cima sua projeção para a moagem de cana 2020/21 do Brasil, passando a estimá-la em 655 milhões de toneladas, com aumento de cinco milhões de toneladas em relação à estimativa anterior, devido às condições climáticas favoráveis no Norte-Nordeste.
Mix de produção
O relatório destacou ainda que, diante do impacto das medidas restritivas relacionadas à pandemia sobre o segmento de combustíveis, o favorecimento das usinas locais à produção de açúcar em detrimento do etanol aumentou. A estimativa é de que o mix de produção avance de 35% em favor do açúcar em 2019/20 para 47,5% pró-açúcar em 2020/21.
Com isso, a produção de açúcar do Brasil deverá atingir um recorde de 42.06 milhões de toneladas em 2020/21, contra 29.925 milhões de toneladas em 2019/20, informou o adido. O centro-sul tende a ser responsável por 38.38 milhões de toneladas.
Fonte: Reuters
Equipe SNA