Açúcar: Vendas externas voltam a remunerar mais que internas

O preço equivalente das exportações voltou a recuperar a vantagem em relação aos preços domésticos – Imagem de freepik

Açúcar

Os preços do açúcar cristal branco encerraram agosto em alta no mercado spot do Estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do CEPEA, o impulso veio do clima seco em regiões produtoras e também de queimadas mais localizadas em praças paulistas, que vêm prejudicando as lavouras de cana-de-açúcar. Esse cenário também elevou com força as cotações do açúcar demerara negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures).
Diante disso, o preço equivalente das exportações voltou a recuperar a vantagem em relação aos preços domésticos.
Cálculos do CEPEA apontam que de 26 a 30 de agosto, enquanto a média semanal do Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ foi de R$ 131,20/saca de 50 kg, a das cotações do contrato nº 11 da ICE Futures (vencimento outubro/24) foi de R$ 134,72 a saca. Assim, as vendas externas remuneraram 2,68% a mais que o mercado spot paulista.

Etanol

Os preços dos etanóis hidratado e anidro encerraram agosto enfraquecidos no segmento produtor do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do CEPEA, ainda que a demanda pelo biocombustível tenha seguido firme ao longo do mês, o volume produzido e, consequentemente, a oferta no mercado spot paulista foi um pouco maior.
Em agosto, considerado um dos meses de pico de colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 2,5827/litro nas semanas cheias do mês, queda de 0,78% na comparação com o período anterior. Para o anidro, somente na modalidade spot, a média das semanas cheias de agosto recuou 1,20%, para R$ 2,9526/litro.
Pesquisadores do CEPEA ressaltam que as atenções de agentes do mercado se voltam para o volume e qualidade da cana-de-açúcar do ciclo seguinte (2025/26), que vêm sendo prejudicados pelo clima seco. Além disso, queimadas em áreas de cana em pé e/ou em fase de rebrota que dariam origem à próxima colheita também geram apreensão sobre o setor. Algumas usinas ainda computam os prejuízos no campo, segundo levantamento do CEPEA.
Fonte:CEPEA
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