Acordo comercial não afetará outros fornecedores agrícolas da China, diz Vice-Primeiro-Ministro

Outros fornecedores de commodities agrícolas para a China não serão impactados pelo acordo comercial com os Estados Unidos já que as compras serão baseadas em princípios de mercado, afirmou o Vice-Primeiro-Ministro Liu He, segundo uma reportagem da estatal CCTV nesta quinta-feira.

Liu falou na quarta-feira em entrevista à imprensa após assinar a Fase 1 do acordo comercial com o Presidente dos EUA, Donald Trump. O acordo inclui promessa da China de comprar ao menos US$ 12.5 bilhões adicionais em produtos agrícolas em 2020, e ao menos mais US$ 19.5 bilhões a mais do que o nível de 2017 de US$ 24 bilhões em 2021.

As empresas chinesas importarão produtos agrícolas dos EUA de acordo com as necessidades dos consumidores, e a demanda e oferta no mercado, disse Liu a repórteres, segundo a CCTV.

“O mercado da China é uma parte muito importante do mercado internacional agora. Não é como se qualquer país pudesse exportar (para a China) tantos produtos quanto quiser. É preciso mostrar a competitividade do produto”, disse ele.

As declarações de Liu destacam as incertezas que ainda persistem sobre o acordo e como a China vai implementar o aumento nas importações dos EUA após 18 meses de disputa que levaram os compradores agrícolas chineses a mudarem suas cadeias de oferta.

A competição entre fornecedores de soja dos EUA e do Brasil será um foco já que existem preocupações de que a China possa cancelar algumas importações brasileiras para aumentar as compras dos EUA.

A China compra cerca de 80% das exportações de soja do Brasil.

Reuters

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