A Associação brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) firmou parceria com a China National Cotton Exchange (CNCE), que representa mais de 5.000 compradores chineses da matéria-prima. A aproximação prevê a realização de eventos conjuntos e a construção de um “ambiente inteligente de negócios” entre os países.
Mesmo sendo os maiores produtores de algodão do mundo, os chineses não suprem sua demanda interna. Em abril, por exemplo, a cota extra de importação chegou a 700.000 toneladas. Segundo o USDA, a China produziu 6.4 milhões de toneladas de algodão na safra 2020/21, quando a demanda deve ficar em 8.6 milhões de toneladas.
Sem acesso ao algodão australiano em virtude de questões diplomáticas, é possível que a China repita a prática de 2020 e concentre suas compras na pluma dos EUA. Porém, caso a projeção não se concretize, é provável que o Brasil seja uma alternativa de fornecimento aos chineses, indicou a Abrapa.
“Igualamos a qualidade de nossa fibra aos níveis dos EUA e da Austrália e somos os únicos fornecedores capazes de suprir o mercado mundial em volumes relevantes de algodão ‘contaminon free’, indicou Júlio Busato, presidente da entidade, em nota.
Instituída em 1997 pelo governo central da China, a CNCE reúne os responsáveis por 90% do consumo do algodão no país.
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